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Economia

Estimativa de crescimento da economia cai pela 19ª vez

Projeção para expansão do PIB reduziu de 0,85% para 0,82%. Índice geral de preços subiu para 0,63%

Willian Matos

08/07/2019 9h25

dinheiro

Foto: Marcelo Casal/Agência Brasil

Da redação
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A estimativa do mercado financeiro para o crescimento da economia este ano continua em queda. Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central feita junto a instituições financeiras, a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – desta vez foi reduzida de 0,85% para 0,82%. Foi a 19ª redução consecutiva.

Para 2020, a expectativa é que a economia tenha crescimento maior – de 2,20% -, a mesma da semana passada. A previsão para 2021 e 2022 permanece em 2,50%.

A estimativa de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), se manteve em 3,80% este ano. A meta de inflação de 2019, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

A projeção do mercado financeiro para a inflação em 2020 é de 3,91%. A meta para o próximo ano é de 4%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Para 2021, o centro da meta de inflação é 3,75% e para 2022, 3,5%, também com intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual. A previsão do mercado financeiro para a inflação em 2021 e 2022 permanece em 3,75%.

Taxa básica de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, mantida em 6,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Ao final de 2019, as instituições financeiras esperam que a Selic esteja em 5,50% ao ano, mesma projeção da semana passada.

Para o fim de 2020, a expectativa é que a taxa básica seja de 6% ao ano e, no fim de 2021 e 2022, chegue a 7,5% ao ano.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Preços altos

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou inflação de 0,63% em junho deste ano, taxa superior ao 0,40% observada em maio. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o IGP-DI acumula taxas de 4,40% no ano e de 6,04% em 12 meses.

A taxa foi puxada pelos preços no atacado e na construção civil. O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o atacado, cresceu de 0,52% em maio para 0,83% em junho. O Índice Nacional de Custo da Construção avançou de 0,03% para 0,88% no período.

Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, teve deflação (queda de preços) de 0,02% em junho, depois de registrar inflação de 0,22% no mês anterior. Com informações da Agência Brasil

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