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Economia

Dólar fecha com leve alta nesta segunda-feira (20)

Valor do dólar chegou a R$ 4,1219 na tarde de hoje, mas fechou com alta de apenas 0,1%

Aline Rocha

20/05/2019 17h30

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Da Redação
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Após o dólar chegar próximo à R$ 4,12, a moeda fechou em leve alta nesta segunda-feira (20). Mesmo com o cenário político local conturbado, atuação do Banco Central (BC) conteve a alta da moeda, que fechou em R$ 4,1050 para compra e R$ 4,1056 para venda.

A moeda americana subiu apenas 0,1%. A mínima chegou a R$ 4,0782 e a máxima chegou a R$ 4,1219. Em 2019, o dólar já acumula alta de 5,91%.

O dólar de turismo fechou vendido próximo de R$ 4,26, sem contar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)

Segundo operadores, diante dos riscos externos, com a novela nas negociações comerciais entre China e Estados Unidos, e da instabilidade política interna, a ordem é trabalhar sempre com ‘hedge’. “Existe muito procura por proteção. Há até uma ideia de quanto o dólar pode recuar, mas não dá para saber até onde pode subir. Além disso, os juros estão mais baixos, o que barateia o hedge”, diz o operador da corretora Necton, José Carlos Amado.

A moeda americana até abriu em queda, na expectativa do leilão de linha com recompra do BC. Mas trocou de sinal e passou a subir ainda pela manhã, correndo até a máxima de R$ 4,1221, o maior valor intraday desde 25 de setembro de 2018 (R$ 4,1419). No leilão, o BC vendeu a oferta total de US$ 1,250 bilhão, com recompra em 3 de janeiro e 2 de abril de 2020.

A moeda americana perdeu força ao longo da tarde e chegou a operar momentaneamente em queda. O alívio veio na esteira do enfraquecimento da moeda americana ante divisas emergentes e de declarações do presidente Jair Bolsonaro e do resultado do encontro entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e do relator da Previdência na Comissão Especial da previdência na Câmara, Samuel Moreira (PSDB-SP).

Após a reunião, Guedes se disse confiante no trabalho do relator e otimista com a aprovação de um texto com a “potência necessária”. Ressaltando a liderança do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Moreira afirmou ter convicção de que a reforma trará economia de R$ 1 trilhão, como almejado por Guedes

Moreira ainda afirmou que não há nada conclusivo em relação ao relatório, que será apresentado em até 15 dias. Na sexta-feira, o presidente da comissão, deputado Marcelo Ramos (PR-AM) dissera que os deputados tocavam um projeto com o DNA do parlamento.

Mais cedo, a despeito dos ataques à imprensa, a “grupo corporativistas” e a “classe política”, Bolsonaro negou que haja briga entre os Poderes e afirmou que “se a Câmara e o Senado têm proposta melhor (para a previdência), que apresentem”.

“De um modo geral, o mercado reagiu bem a Bolsonaro. Além disso, o dólar lá fora está menos forte, o que ajudou a diminuir a pressão por aqui. Mas foi algo bem pontual e limitado”, afirma Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H.Commcor.

Além do andamento da reforma da Previdência, o mercado acompanha com lupa a votação da Medida Provisória 870, que reestrutura os ministérios, para medir a temperatura das relações entre governo e Congresso.

Estadão Conteúdo. 

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