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Economia

Diga adeus ao ted e ao boleto bancário

No JBr, reportagem detalhada explica como funcionará o PIX, novo sistema de pagamentos por aplicativo do Banco Central, que entrará em funcionamento a partir do dia 16 de novembro

Redação Jornal de Brasília

05/10/2020 5h53

Imagem: Pixabay

“Chave” é o primeiro passo para a nova “revolução bancária”

Clientes de bancos já podem criar oficialmente o acesso ao PIX, sistema de pagamentos do BC

 Em pouquíssimo tempo, o sistema bancário brasileiro passará por uma revolução com a chegada do Sistema de Pagamento instantâneo do Banco Central, que começa a funcionar no dia 16 de novembro – o PIX. O novo modelo será mais rápido e prático que as transações feitas por DOC, TED ou boleto bancário e deve transformar o modo como o consumidor paga contas, transfere valores e faz compras, dispensando o uso de cédulas e de cartões.

Tudo será feito pelo smartphone. Com apenas o número de um celular ou o endereço do e-mail, por exemplo, os brasileiros passarão a fazer uma transferência em até 10 segundos sem precisar recorrer a conta, agência, CPF, nome completo e todos os outros dados exigidos hoje. Ou, apenas com o CPF, sacar dinheiro em uma loja sem a necessidade de caixa eletrônico e cartão.

Hoje está sendo dado o passo fundamental na instalação do sistema, quando consumidores e empresas poderão cadastrar oficialmente nos bancos onde são clientes a “chave” para vincular sua conta ao PIX. Até ontem era feito o pré-cadastro (veja na página 12 como cadastrar a sua chave e tudo mais sobre o novo meio de pagamento).
Instituições financeiras e de pagamento com mais de 500 mil contas, que incluem os principais bancos do país, serão obrigadas a oferecer a opção aos correntistas. Cheque e os pagamentos com cartões de débito e crédito continuarão existindo.

O Pix não é um aplicativo, mas um meio de pagamento que será oferecido pelos prestadores de serviço de pagamento, como bancos e fintechs (startups especializadas no setor financeiro), em seus diversos canais de acesso, principalmente o celular.

Qualquer consumidor ou empresa que tenha conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga terá acesso ao sistema. As transações podem ser feitas entre pessoas físicas, entre pessoas físicas e empresas, entre empresas e entre pessoas físicas e o poder público.

O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central (BC), João Manoel Pinho de Mello, garamte que o PIX é um meio de pagamento tão seguro quanto os demais existentes. De acordo com Pinho de Mello, o PIX é uma inovação no sistema de pagamentos no Brasil e sua instantaneidade vai assegurar que as transferências sejam feitas do pagador para a conta da pessoa ou empresa que está recebendo em 10 segundos “A instantaneidade do PIX assegura transferências em 10 segundos”, disse o diretor.

Conta de luz

Pinho de Mello explicou ainda que a instantaneidade do PIX envolve não só o pagamento e si, mas também a informação sobre a transação. Ou seja, a pessoa ou empresa que recebeu a transferência terá a informação também em 10 segundos.

Isso, de acordo com o diretor, é importante porque, hoje, uma pessoa que paga, por exemplo, uma conta de luz atrasada e cujo serviço foi desligado, só terá a energia religada após o pagamento ser confirmado, o que pode levar até três dias. Com o PIX, a empresa fica sabendo na mesma hora (em 10 segundos) que a conta foi paga e pode restabelecer o serviço.

Outra revolução bancária em curso é o open banking – sistema de compartilhamento de dados, informações e serviços financeiros pelos próprios clientes bancários em plataformas de tecnologia. O modelo está previsto para o fim de novembro e deve dar mais autonomia ao usuário. Um cliente bom pagador, com conta em um determinado banco e quase entrando no cheque especial, poderá receber oferta de um crédito mais barato de outro banco, mesmo sem ser correntista desta instituição.

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