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Economia

Desempenho do PIB brasileiro acompanha tendência externa

Na média dos países selecionados pela OCDE, depois de uma queda de cerca de 9,5% entre abril e junho, houve crescimento de 8,5% no trimestre seguinte

Redação Jornal de Brasília

03/12/2020 16h37

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Eduardo Cucolo e Nicola Pamplona
São Paulo, SP

A recuperação da economia brasileira no terceiro trimestre de 2020 acompanha uma tendência vista em praticamente todos os países nesses três meses, marcados pela reabertura e pela retomada das atividades econômicas. Apesar de terem voltado a crescer, a maioria dos países não conseguiu voltar ao patamar verificado no início do ano.

De acordo com dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) para cerca de 30 países que já divulgaram o PIB (Produto Interno Bruto) no período, apenas a China já está em um patamar superior ao verificado no final de 2019.

Na média dos países selecionados pela OCDE, depois de uma queda de cerca de 9,5% entre abril e junho, houve crescimento de 8,5% no trimestre seguinte.

O país asiático teve queda do PIB de 10% de janeiro a março, com crescimentos de 11,7% e 2,7% nos dois trimestres seguintes.

Os melhores resultados para o terceiro trimestre estão na Europa, região que teve uma das maiores quedas no segundo trimestre e agora reverteu parte das perdas.

Na média dos 27 países da União Europeia, o PIB caiu 3,3% no primeiro trimestre e 11,4% no segundo. No terceiro, houve avanço de 11,6%.

Noruega e Finlândia são os europeus mais próximos de retomar o patamar do final de 2019. Também estão acima da média do continente Holanda, Suécia e França. Portugal, Espanha e, principalmente, Reino Unido acumulam os piores resultados no ano.

No acumulado de 2020, os EUA apresentam desempenho próximo ao europeu, com quedas de 1,3% e 9%, seguidas por crescimento de 7,4%.

Em relação a outros emergentes, Rússia, Índia, África do Sul, Turquia, Austrália e Argentina ainda não divulgaram o resultado do terceiro trimestre.

A Coreia do Sul, com quedas de 1,3% e 3,2% nos dois primeiros trimestres e crescimento de 1,9% no terceiro é um dos mais próximos de retomar o patamar pré-crise. A China foi o primeiro local onde a doença se disseminou e que adotou medidas de isolamento e paralisação das atividades. Por isso, sua economia foi a primeira a registrar os efeitos da pandemia.

O crescimento mais modesto do país no terceiro trimestre alimenta as expectativas de que o restante do mundo continue a se recuperar, mas em ritmo mais lento, nos últimos três meses do ano.
Ainda há riscos, no entanto, por conta da volta no crescimento de casos da doença, novas interrupções das atividades e retirada de estímulos nesse período.

No caso brasileiro, o pacote de estímulos fiscais para enfrentar a pandemia está entre os maiores do mundo.

As informações são da Folhapress

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