Menu
Economia

Dados de desemprego nos EUA “vão piorar”, diz secretário do Tesouro

Questionado se o número real não estaria mais próximo de 25%, similar ao observado na Grande Depressão, Mnunchin admitiu que isso é “possível”

Redação Jornal de Brasília

10/05/2020 15h52

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, disse que a taxa de desemprego no país, que chegou a 14,7% em abril, ainda pode piorar. “Os números relatados provavelmente vão piorar antes de melhorarem”, afirmou, em entrevista à Fox News. “Mas é por isso que estamos focados na reconstrução dessa economia. Nós teremos um terceiro trimestre melhor, um quarto trimestre melhor e o próximo ano será um ótimo ano.” Segundo ele, o desempenho de viagens, varejo e lazer influenciou negativamente a taxa em abril. “Isso não é uma surpresa. Fechamos grande parte da economia”, afirmou.

Questionado se o número real não estaria mais próximo de 25%, similar ao observado na Grande Depressão, Mnunchin admitiu que isso é “possível”. “Ao contrário da Grande Depressão, quando tivemos problemas econômicos que levaram a isso, nós fechamos a economia. Não seria uma surpresa, se você fechasse a economia, que metade da força de trabalho, metade das pessoas não trabalhasse”, afirmou. “Isso não é culpa das empresas norte-americanas, não é culpa dos trabalhadores norte-americanos, isso é resultado do vírus.” Mais 3,2 milhões de trabalhadores dos EUA solicitaram auxílio-desemprego na semana passada, elevando o total nas últimas sete semanas para 33,5 milhões.

Segundo Mnuchin, os EUA devem ter um segundo trimestre “muito, muito ruim” mas haverá uma recuperação na sequência, a partir de um ponto de referência baixo. Conforme o secretário, essa expectativa se baseia na taxa de reabertura, em relatos sobre vacinas e medicamentos em teste e na testagem para covid-19, que darão a confiança para uma reabertura “de forma cuidadosa e deliberada”.

Ao ser questionado se não haveria risco em uma reabertura da economia, o secretário afirmou que há “um risco considerável em não reabrir”, o que poderia causar “um dano econômico permanente para o público norte-americano”. “Vamos reabrir de uma maneira muito ponderada”, afirmou.

Estadão Conteúdo 

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado