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Economia

Brasileiro procura melhores saídas para investir

Arquivo Geral

30/04/2018 7h00

Divulgação

João Paulo Mariano
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Em tempos de queda de juros, como agora, muda tudo na hora de se tentar não apenas o equilíbrio financeiro, mas também obter o melhor do investimento, mesmo quando o capital é pequeno. Para muita gente, justamente por ser pouco o que se tem de investir, parece às vezes que aumentar esse rendimento é algo inalcançável. Na verdade, não é.

A realidade é que, apesar dessas dificuldades, muitos brasilienses estão acordando para a importância de se controlar, poupar e investir. O brasileiro está começando a ficar mais atento a esses assuntos. Uma prova disso é que de 2016 para 2018, houve um crescimento de 37% em novos investimentos no Tesouro Direto – uma das possibilidades mais práticas e que apresentou bom rendimento nos últimos tempos, até mais que a poupança. Na capital, pulou de 18.401 novos investidores ativos para 25.365. Já em todo o território nacional, o crescimento foi maior: de 462.147, em 2016, para 693.424, em 2017. Uma diferença de pouco mais de 50%.

Apenas em março deste ano, foram quase 10 mil novos investidores. O gerente de relacionamento institucional do Tesouro Direto, Paulo Marques, explica que o aumento de novos usuários ocorre desde 2015, quando se começou a incentivar em divulgação, educação financeira e na agilidade do processo de investimento, com a criação de aplicativo e simuladores.

O Tesouro Direto nada mais é que a compra de dívidas do governo, que coloca esses títulos no mercado quando precisa financiar a dívida interna. Como a pessoal “emprestou” direito para o governo, ele paga com juros quando a dívida for cobrada, ou seja, o título resgatado. Pode ser a escolha de quem quer investir pouco, com títulos mínimos de pouco mais de R$ 30,00, ou muito pois tem aqueles com liquidez diária – que se pode pegar o dinheiro investido a qualquer momento, e os pré e pós-fixados.

InfoJBr./Baggi

A maior parte desses novos investidores do Tesouro Direto é composta por homens. Porém, Paulo Marques constata que, desde 2017, o número de mulheres começou a crescer. Em março deste ano, o número de novas investidoras foi de 28,4% do total, boa diferença de 2017, quando elas eram só 23%. “Isso mostrar que a mulher está mais inserida no mercado de trabalho e assumido um papel no mercado muito mais importante”, complementa.

Em relação a idade, a maior parcela dos investidores se concentra na faixa etária de 25 a 45 anos. Isso ocorreria, segundo a instituição devido a gestão financeira mais equilibrado desse grupo de pessoas, possibilitando os investimentos. E para quem pensa que esse tipo de recurso é apenas para quem tem muito dinheiro, se engana. Cerca de 60% dos investimentos de março estão na faixa mínima, cerca de R$ 30 e vão até R$ 1000.

O rendimento proporcionado pelo Tesouro Direto, porém, não é mais o de antes. É que, com a redução da taxa básica de juros, caiu a remuneração dos títulos públicos. Como no Tesouro Direto, reduziu-se também o ganho das cadernetas, da renda fixa e até dos certificados de depósito bancário. Esses investimentos têm em comum não apenas a vinculação à dívida do governo, mas também – e por isso mesmo – a extrema segurança.

Quem faz essas aplicações tem a certeza de que não perderá seu dinheiro, e a de que ele não encolherá. Mas, agora, o rendimento também será menor. Quem quiser faturar mais precisará migrar para investimentos mais ousados – ou seja, mais arriscados. Poderá ganhar mais, talvez até bem mais. Mas também poderá perder. Inclusive perder tudo.

Esses investimentos de risco são as ações, as aplicações em bolsas de valores. Mas há outras modalidades, como os fundos multimercado, que combinam ações, Tesouro Direto, renda fixa, CDBs e até alternativas mais exóticas, como derivativos.

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