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Economia

Bolsonaro: governo tem monitorado caminhoneiros para se antecipar a problemas

O presidente afirmou ainda que soube pelas notícias que o ministro de Infraestrutrura, Tarcísio de Freitas, teria dito que revogaria a tabela do frete

Lindauro Gomes

22/07/2019 14h38

Brazil’s President Jair Bolsonaro, welcomes Paraguay’s President Mario Abdo Benitez (out of frame) at Planalto palace in Brasilia on March 12, 2019. (Photo by Sergio LIMA / AFP)

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, 22, que a greve dos caminhoneiros está sendo tratada internamente pelo governo em reuniões que têm acontecido desde domingo. Segundo ele, teve “informes de que estaria resolvido o caso”. Ele afirmou ainda que soube pelas notícias que o ministro de Infraestrutrura, Tarcísio de Freitas, teria dito que revogaria a tabela do frete divulgada na quinta-feira passada, o que desagradou à categoria.

“Se ele revogou a nova tabela, a decisão é dele. Todo o nosso governo apoia as decisões tomadas nos limites dados ao ministro”, afirmou.

Bolsonaro falou à imprensa após almoço com os Oficiais-Generais da Aeronáutica realizado no Ministério da Defesa. Ele afirmou que o ministro Tarcísio é o “homem da negociação”. E destacou que o governo tem monitorado a situação para se antecipar a problemas e tomar “decisões adequadas para o futuro do Brasil”.

Pela manhã o Ministério da Infraestrutura pediu formalmente à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que revogue a última tabela de preços mínimos do frete rodoviário, que gerou uma nova onda de protestos dos caminhoneiros. Na prática, por uma decisão cautelar, a tabela já está suspensa pelo ministro de Infraestrutura, Tarcísio Freitas.

No entanto, oficialmente, a decisão é da ANTT. Uma audiência extraordinária está marcada para as 18h desta segunda-feira, 22 e uma nova rodada de reuniões com representantes do setor e do governo acontecerá nesta quarta-feira (24).

No ofício, o ministro argumenta que foi observada “uma insatisfação em parcela significativa dos agentes de transporte” e que “diferenças conceituais quanto ao valor do frete e o piso mínimo que pode repercutir na remuneração final dos caminhoneiros” devem ser novamente discutidas com a categoria.

“O diálogo segue sendo o principal mecanismo com o qual vamos buscar o consenso no setor de transportes de cargas. Por isso, a importância em dar continuidade às reuniões. Estamos desde o início do ano com as portas abertas no ministério e esta tem sido a melhor forma de dar transparências às decisões que estão sendo tomadas em conjunto”, disse, em nota, Freitas.

 

Estadão Conteúdo

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