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Economia

Bolsa cai mais de 2% após aviso de Moro de que deixaria o governo; dólar fecha a R$ 5,52

Além das incertezas envolvendo o ministro, também influencia a moeda a possibilidade de redução de 0,75 ponto da Selic

Redação Jornal de Brasília

23/04/2020 17h42

Dolar-Moeda estrangeira

lsa de Valores de São Paulo, a B3, reverteu o sinal e caiu mais de 2% após o aviso de que Moro deixará o governo caso Bolsonaro troque o diretor-geral da Polícia Federal. O Ibovespa, principal índice do mercado de ações do Brasil, chegou a cair mil pontos logo depois da notícia, voltando ao patamar de 78 mil pontos. No início do dia, a Bolsa operava em alta e chegou a subir 1,5%.

Já o dólar bateu novo recorde após a repercussão do pedido de demissão de Moro, ao fechar em nova máxima nominal (quando não se desconta a inflação) de R$ 5,5287, uma alta de 2,2%. Além das incertezas envolvendo o ministro, também influencia a moeda a possibilidade de redução de 0,75 ponto da Selic, a taxa básica de juros da economia. Vale destacar que a diminuição drástica da taxa, hoje em 3,75 ponto percentual, afasta o investidor estrangeiro do País, pois interfere diretamente nos rendimentos.

Uma escalada para o ativo já era prevista. Nesta quinta, o dólar começou em alta de quase 1%, a R$ 5,42, e recuou para R$ 5,40 somente após uma ação do Banco Central. No entanto, já no final da manhã, ele tornou a subir e ficou acima de R$ 5,45. No final da tarde, às 16h, a moeda subia a R$ 5,49 – apenas 17 minutos depois, ela alcançou os R$ 5,50.

Vale lembrar que o patamar de R$ 5,40 foi atingido pela primeira vez na última quarta-feira, 22. Nesse cenário, a valorização da moeda dos Estados Unidos é superior a 35% este ano.

O euro também tem se valorizado muito frente ao real. Nesta quinta, a cotação está em R$ 5,93, uma valorização também superior a 30% em relação ao início do ano. Para se ter uma ideia, o valor da moeda oficial da União Europeia era de R$ 4,50 no primeiro dia de 2020. No pregão desta quinta, inclusive, a moeda europeia atingiu seu máximo histórico nominal. Ambas as moedas atingiram R$ 5 de cotação em março deste ano.

Bolsas do exterior

As Bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em alta. A única exceção foi o mercado chinês, que teve redução de 0,19%. O Japão encabeça os crescimentos, com 1,52% de avanço no índice Nikkei em relação ao fechamento do dia anterior, seguido de Coreia do Sul, com 0,98% no Kospi, e Taiwan, 0,57%. Hong Kong teve desempenho positivo um pouco mais tímido, de 0,35%. A China recuou 0,19%. Na Oceania, o mercado da Austrália, principal da região, fechou de maneira estável, com leve tendência de queda -0,02%.

As Bolsas da Europa também acompanharam o movimento de alta da Ásia. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou em alta de 1,01% e o FTSE de Londres fechou com ganho de 0,97%. Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX avançou 0,95% enquanto em Paris, o CAC 40 subiu 0,89%. Na Bolsa de Milão, o FTSE MIB registrou alta de 1,47%, em Madri, o Ibexx 35 avançou 0,40% e em Lisboa, o PSI 20 teve ganho de 1,18%.

Estadão Conteúdo

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