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Economia

Bancos esperam adesão maior ao Pix no próximo ano

Confira previsões de representantes de algumas instituições bancárias do país

Redação Jornal de Brasília

14/12/2020 7h53

Foto: Divulgação

Isabela Bolzini e Júlia Moura
São Paulo-SP

O setor bancário aponta que existe um volume significativo de companhias que estão em processo de adaptação para adotarem o Pix. “Ainda estamos em um processo de adesão, de conhecimento do próprio produto. A percepção também é de um consumidor ainda tímido no uso da solução”, afirma o gerente executivo da diretoria de meios de pagamentos do Banco do Brasil, Gustavo Milaré.

Para o diretor de digital cash management do Itaú BBA, Marcos Cavagnoli, parte do motivo pelo qual as companhias ainda não aderiram completamente à nova modalidade é a proximidade do final de ano. “Vemos muitas empresas se movimentando na direção de implementar o Pix, mas com processos que só iniciam em janeiro ou fevereiro, depois desse congelamento de investimentos e implementações tecnológicas”, afirmou.

Dados do BC apontam que 44 milhões de pessoas e quase 3 milhões de empresas fizeram o cadastro, que começou em 5 de outubro. “O número de operações que nós temos diários hoje, eu, honestamente, que era mais otimista aqui, achava que ia levar alguns meses, talvez mais de um ano, e a gente atingiu em algumas semanas”, disse Roberto Campos Neto, presidente do BC, na última quinta-feira (10).

“A tendência é de crescimento. As pessoas podem esquecer a carteira, mas dificilmente esquecem o celular. Tínhamos uma projeção bem no início que considerava que o Pix teria cerca de 15% a 20% de participação nas transações dentro de 5 a 10 anos, mas acredito que pode ser muito mais rápido do que isso”, afirmou o diretor de carteira digital do Mercado Pago, Rodrigo Furiato.

Segundo o superintendente no departamento de produtos e serviços do Bradesco, José Henrique Simões Camargo, outro fator que também deve impulsionar a modalidade a partir do ano que vem é a criação de novos produtos a partir do Pix. “Quem vai determinar o uso e o crescimento desse sistema é o consumidor final. Mas a partir de 2021, outras novidades devem surgir com o Pix, como o saque no varejo. São movimentos que dão velocidade à adesão do sistema”, disse Camargo.

Pesquisa do banco digital BS2 em parceria com o Opinion Box mostra que entre as principais vantagens do Pix percebidas pelos empresários estão o menor custo (49%), praticidade e recebimento ágil de pagamento (47%), realização de pagamentos a qualquer hora do dia (45%) e nos fins de semana (38%). “À medida que os empreendedores enxergarem as vantagens que o Pix pode trazer para o seu negócio, eles não só tendem a aderir como a priorizá-lo”, afirma Breno Guelman, gerente da área voltada a empresas do BS2.

As informações são da Folhapress

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