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Economia

Auxílio emergencial é pouco para quem recebe, mas muito para quem paga, diz Bolsonaro

Bolsonaro esteve na inauguração da maior usina fotovoltaica urbana no Brasil, construída pelo Grupo diRoma, com isenção de impostos, em Caldas Novas, a 170 quilômetros de Goiânia

Redação Jornal de Brasília

29/08/2020 15h02

Foto: Agência Brasil

Cleomar Almeida
Caldas Novas, GO

Em sua oitava visita a Goiás desde que assumiu o mandato, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, neste sábado (29), que vai prorrogar o pagamento do auxílio emergencial para trabalhadores informais e desempregados até o fim deste ano, em um valor mensal menor que os atuais R$ 600, mas maior que R$ 200.

“Sabemos da necessidade desses que recebem o auxílio emergencial. E ele é pouco para quem recebe, mas muito para quem paga. Vocês gastam por mês R$ 50 bilhões neste auxílio”, afirmou o presidente, que ainda destacou a importância do benefício para fazer com que a economia volte à normalidade.

Bolsonaro esteve na inauguração da maior usina fotovoltaica urbana no Brasil, construída pelo Grupo diRoma, com isenção de impostos, em Caldas Novas, a 170 quilômetros de Goiânia. A empresa privada tem como principal acionista a deputada federal Magda Mofatto (PL/GO).

Ele não concedeu entrevista à imprensa.

Sem máscara de proteção facial, o presidente chegou ao local às 10h10 e voltou a cumprimentar pessoas, apertando as mãos e dando abraços, além de tirar fotos com elas.

Em julho, a prefeitura de Caldas Novas publicou decreto que obriga moradores e turistas a usarem máscaras na cidade. Não há previsão de pagamento de multa ou de outro tipo de punição para quem descumprir a regra. Durante o evento, junto às demais autoridades, o presidente usou máscara.

Em seu discurso, o presidente ainda chamou o estado de Goiás de “coração do Brasil”, defendeu o agronegócio como “a locomotiva da economia” brasileira e destacou uma série de obras de infraestrutura que estão sendo tocadas por seu governo. Deu destaque especial a obras de ferrovias, como a Norte-Sul, Leste-Oeste e Transnordestina, todas iniciadas em governos anteriores.

“Estamos fazendo o possível com os poucos recursos públicos que temos. O Brasil é um país que deve muito. Gostaríamos de fazer muito mais, mas temos restrições orçamentárias bastante sérias”, afirmou Bolsonaro.

Nesta quinta-feira (27), o presidente autorizado uma ampliação de gastos públicos com obras neste ano. O valor definido anteriormente, de R$ 5 bilhões, deve ser ampliado para R$ 6,5 bilhões.

A decisão contraria o plano do ministro Paulo Guedes (Economia), que defende uma retomada da atividade no pós-pandemia por meio de investimentos privados. Em discussões no governo, Guedes pressionou para que os gastos com obras fossem limitados.

No discurso em Goiás, o presidente também admitiu que existe dificuldade de empreender e disse que vai desburocratizar o país. “Quando vejo as placas voltaicas, eu me emociono. É difícil empreender no Brasil. Estamos atuando para fazer o Brasil mais leve, com menos burocracia e menos regras”, afirmou.

O presidente estava acompanhado do ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, do chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, general Augusto Heleno e do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM).

As informações são da FolhaPress

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