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Economia

Amazon lança primeiro supermercado sem caixas em Seattle

Não ficou claro o quanto a Amazon estava economizando em mão de obra de caixa, em comparação aos gastos com câmeras que sustentam sua tecnologia

Redação Jornal de Brasília

27/02/2020 7h06

A Amazon está levando sua tecnologia de lojas sem caixa para um estágio maior. A maior varejista online do mundo abriu na terça-feira, 25, o Amazon Go Grocery, um supermercado em Capitol Hill, bairro de Seattle, quatro vezes maior que o primeiro local sem caixa da empresa aberto ao público, em janeiro de 2018. O conceito tem como alvo clientes em bairros residenciais em vez de trabalhadores de escritório, objetivo das lojas de conveniência menores da Amazon Go.

O novo formato reflete as ambições da Amazon de capturar mais gastos semanais dos compradores, aumentando a concorrência com mercados nacionais como Kroger, Albertsons e outros. A empresa famosa por vender livros online poderia estar trabalhando em uma nova cadeia de supermercados físicos para atender a um conjunto de gostos mais diversificado do que a Whole Foods, rede de supermercados que adquiriu em 2017.

Assim como nas lojas de conveniência da Amazon, os clientes usam o aplicativo de smartphone Amazon Go em uma catraca fechada para entrar e começar a fazer compras, adicionando produtos em sua sacola. Se um comprador colocar um item de volta na prateleira depois de analisá-lo, a Amazon removerá o produto de sua cesta virtual.

 

Centenas de câmeras no teto e censores de peso nas prateleiras determinam o que os clientes acrescentam aos seus carrinhos e os cartões de crédito registrados são cobrados assim que saem da loja – sem caixas ou filas de pagamento necessárias.

Esse foi um grande desafio técnico a ser abordado nesse novo formato, que inclui produtos com preços por item dos fornecedores da Whole Foods, além de produtos de panificação, carnes frescas e frutos do mar. A Amazon treinou sua tecnologia para gerenciar como os compradores inspecionam as frutas que compram, disse Dilip Kumar, vice-presidente de varejo físico e tecnologia da empresa.

“A tendência é que aconteça muito mais interação com um produto desses do que com uma lata de Coca-Cola”, disse Kumar.

O novo formato, porém, não é o mesmo que um supermercado completo. Por exemplo, o mercado possui frios frescos nas embalagens, mas não uma lanchonete ou supermercado de frutos do mar, como em outras mercearias onde os associados oferecem seleções maiores de itens.

Não ficou claro o quanto a Amazon estava economizando em mão de obra de caixa, em comparação aos gastos com câmeras que sustentam sua tecnologia. A empresa disse que contratou “várias dezenas de associados” para o local, que interagem com compradores e no trabalho de estoque.

Ainda, a Amazon não atenderá aos pedidos dos clientes fora da loja de Seattle, afirmou.

Questionado sobre se o formato representava um modelo de supermercado mais lucrativo, Kumar disse: “Nosso objetivo é descobrir como ser relevante para os clientes em qualquer bairro em que estamos. Se fizermos um bom trabalho, boas coisas acontecem. Se não o fizermos, corrigiremos o curso”.

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