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Economia

620 mil pessoas inaptas, inclusive mortas, receberam auxílio emergencial

Além de mortos, políticos milionários também foram beneficiados, por exemplo. Caso os pagamentos não sejam interrompidos, prejuízo pode passar de R$ 1 bi

Redação Jornal de Brasília

29/06/2020 8h35

Lançamento do aplicativo CAIXA|Auxílio Emergencial

620 mil pessoas receberam o auxílio emergencial do governo federal sem ter direito. Na lista, estão nomes de cidadãos já mortos e de políticos milionários.

É o que aponta um levantamento obtido pelo programa Fantástico, da TV Globo. Caso esses pagamentos indevidos não sejam interrompidos, podem gerar um prejuízo de mais R$ 1 bilhão aos cofres públicos.

O levantamento, um documento de 32 páginas, mostra todas as irregularidades descobertas. De acordo com o relatório, foram pagos R$ 35,8 bilhões para 50.228.253 milhões de beneficiários.

Políticos milionários

Políticos com patrimônio milionário fazem parte da lista de beneficiários do auxílio emergencial. Os dados mostram que 136 candidatos a cargos públicos entre 2016 e 2018, com declarações de bens que ultrapassam R$ 1 milhão, estão recebendo o benefício.

Parentes de políticos também estão na lista de beneficiados. Em Santa Maria do Herval-RS, Neiva Lechner, esposa do vereador Diego Lechner, recebeu R$ 600. Neiva mora numa casa com piscina, e a família é dona de uma financeira.  Em pronunciamento na Câmara de Vereadores, Diego tentou defender a companheira. “Pelo que eu sei, a lei diz que esse dinheiro está disponível para quem tem direito. E não pra quem precisa”, disse.

Respostas

Em nota, o Ministério da Cidadania informou que tem feito parcerias com a Controladoria-Geral da União (CGU) e com o Tribunal de Contas da União (TCU) para averiguar inconsistências. Segundo a pasta, quem burlar a legislação terá de ressarcir os cofres públicos dos valores recebidos, além de sanções civis e penais.

De acordo com o Ministério da Cidadania, 47,7 mil pessoas que receberam o benefício, mas não se enquadravam nos critérios da lei, devolveram o dinheiro. Com isso, voltaram aos cofres públicos R$ 39,6 milhões. O Ministério também já suspendeu o pagamento de 600 mil benefícios entre a primeira e a segunda parcela, por irregularidades.

 

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