A satisfação no ambiente de trabalho é um ganho para funcionários e empresas, na avaliação da especialista em gestão de negócios, Lorena Porto Pereira, entrevistada pela redação do Jornal de Brasília. Segundo ela, existe um pensamento recorrente entre as organizações de que o corpo funcional deve estar focado apenas em trabalhar para o alcance das metas, dos objetivos e dos resultados estabelecidos no Planejamento Estratégico Anual. “Não haveria problema algum nesse ponto de vista se não fosse por uma palavra: apenas”, ressalta a administradora. É absolutamente legítimo que as empresas estejam focadas em resultados. Mas não se pode esquecer de que uma organização é um ecossistema formado por centenas de seres humanos. “Pessoas que possuem sonhos distintos e passam a vida buscando suas realizações pessoais e profissionais.
Considerando que esses mesmos funcionários permanecem boa parte do dia dividindo seu tempo com gestores e colegas de trabalho, esse é um período preciosíssimo, que não pode (e nem deve) ser jogado fora em um emprego no qual eles não acreditam ou onde os líderes não estão interessados no bem-estar coletivo”, complementa Lorena.
Um bom gestor, segundo a entrevistada, é aquele que incentiva a participação de todo o elenco, seja com sugestões de melhorias, seja com o desenvolvimento de talentos e competências que alimentem a alma de cada indivíduo. A resposta para isso, vem do que todos procuram: a felicidade. “Promova a Felicidade Interna Bruta (FIB) na sua organização. Mais que isso, utilize-se de técnicas da neurociência e da psicologia positiva para ensinar o seu elenco como é possível viver com mais felicidade, colocando em prática atitudes como gratidão, compaixão, empatia, resiliência e otimismo”, recomenda Lorena.
Para ela, ao se enxergar como agente responsável da própria vida, o indivíduo é trazido de volta ao presente, retomando a consciência do que está acontecendo hoje e, consequentemente, abandonando seu foco no passado ou no futuro. “Ao se retirar da condição de vítima da situação, a pessoa consegue tomar as rédeas da sua realidade e passa a estar realmente presente em cada momento, buscando dar o seu melhor para o alcance dos seus sonhos e metas”. Essa mudança, segundo ela, exige treino, requer que a felicidade seja transformada em hábito.
“Portanto, é preciso que os executivos estejam abertos a receber esse novo aprendizado por meio de mentorias direcionadas para uma gestão mais humana. Como você quer ser lembrado pelo seu elenco? Como você espera inspirar pessoas e empresas? Qual é o legado da sua empresa?”, questiona a especialista. Ela lembra que “Ser feliz é difícil, mas trabalhar infeliz é infinitamente mais”.