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Concursos & Carreiras

Concurso PF: nova seleção em pauta para 3.460 vagas

Pedido do concurso PF é para 3.460 vagas, destinadas para diversos cargos. Salários de até R$ 7.841,95 mais benefícios

Redação Jornal de Brasília

03/07/2019 19h51

Da Redação
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O novo concurso PF (Polícia Federal)  pode ser realizado ainda em 2019. O certame foi citado, em 22 de junho, pelo presidente Jair Bolsonaro, como exceção da política de contenção de gastos com pessoal anunciada recentemente pelo ministro da economia Paulo Guedes. “Paulo Guedes determinou que poucas áreas terão concurso, porque não tem como pagar mais. O problema é esse. A gente até gostaria, em uma área ou outra. Abri uma exceção para a Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal”, disse.

No caso do concurso PF, o JC Concursos teve acesso à íntegra de dois pedidos encaminhados, em 30 de maio, para o Ministério da Economia, que solicitam a liberação de verbas para a contratação de pessoal.  Das 3.460 vagas solicitadas, 3.103 são para diversas áreas da carreira da PF não especificadas e mais 357 para cargos da área administrativa, com o objetivo de garantir o preenchimento de postos no período de 2020 a 2022. No caso da área administrativa, do total de oportunidades, 234 são para quem possui apenas ensino médio e 123 para cargos de nível superior, já definidos, com remunerações iniciais que variam de R$ 4.746,16 a R$ 7.841,95. A expectativa é de que alguma definição sobre o concurso seja anunciada em breve. 

No pedido de liberação de verbas do concurso PF (Polícia Federal), para os cargos já definidos da área administrativa, o destaque é para a carreira de agente administrativo, que pede apenas ensino médio e conta com remuneração inicial de R$ 4.746,16, incluindo 2.279,16 de salário básico e R$ 2.467 de gratificação de desempenho de atividade de apoio técnico administrativo.

Para quem possui nível superior, o pedido para o concurso PF é para 18 vagas de administrador, 8 de arquivista, 14 de assistente social, 9 de contador, 2 de enfermeiro, 1 de farmacêutico, 62 de médico e 9 de psicólogo.

Para todos estes cargos, exceto médico, a remuneração é de R$ 5.776,47, incluindo salário básico de R$ 2.402,74 e gratificação de atividade de apoio técnico administrativo de R$ 3.374.

Para os médicos, o inicial é de R$ 7.841,95, incluindo o salário básico de R$ 4.804,95 e a gratificação, no valor de R$ 3.037.

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Para saber se o processo de seleção atende às suas expectativas, saiba o que cada profissional faz após aprovado no concurso PF:

  • Delegado de Polícia Federal: Instaurar e presidir procedimentos policiais de investigação; orientar e comandar a execução de investigações relacionadas com a prevenção e repressão de ilícitos penais; participar do planejamento de operações de segurança e investigações;supervisionar e executar missões de caráter sigiloso; participar da execução das medidas de segurança orgânica, bem como desempenhar outras atividades, semelhantes ou destinadas a apoiar o órgão na consecução dos seus fins.
  • Agente de Polícia Federal: Investigar atos ou fatos que caracterizem ou possam caracterizar infrações penais, observada a competência da Polícia Federal; proceder à busca de dados necessários; executar todas as tarefas necessárias à identificação, ao arquivamento, à recuperação, à produção e ao preparo dos documentos de informações; executar todas as atividades necessárias à prevenção e repressão de ilícitos penais da competência da Polícia Federal; conduzir veículos automotores, embarcações e aeronaves; auxiliar a autoridade policial em todos os atos de investigação, cumprir medidas de segurança orgânica; desempenhar outras atividades de natureza policial e administrativa, bem como executar outras tarefas que lhe forem 4 atribuídas.
  • Papiloscopista Polícia Federal: Executar, orientar, supervisionar e fiscalizar os procedimentos de coleta, revelação, levantamento e armazenamento de fragmentos e impressões papilares, exames e laudos oficiais papiloscópicos, representação facial humana; operação e gestão de bancos e sistemas automatizados de identificação civil e criminal; assistir à autoridade policial; desenvolver estudos na área de papiloscopia; conduzir veículos automotores; cumprir medidas de segurança orgânica; desempenhar outras atividades de natureza policial e administrativa, bem como executar outras tarefas que lhe forem atribuídas.
  • Escrivão de Polícia Federal: Dar cumprimento às formalidades processuais, lavrar termos, autos e mandados, observando os prazos necessários ao preparo, à ultimação e à remessa de procedimentos policiais de investigação; atuar nos procedimentos policiais de investigação, acompanhar a autoridade policial, sempre que determinado, em diligências policiais; responsabilizar-se pelo valor das fianças recebidas e pelos objetos de apreensão; conduzir veículos automotores; cumprir medidas de segurança orgânica; atuar nos procedimentos policiais de investigação; desempenhar outras atividades de natureza policial e administrativa, bem como executar outras tarefas que lhe forem atribuídas.
  • Perito criminal Federal: Realizar exames periciais em locais de infração penal; realizar exames em instrumentos utilizados, ou presumivelmente utilizados na prática de infrações penais; proceder pesquisas de interesse do serviço; coletar dados e informações necessários à complementação dos exames periciais; participar da execução das medidas de segurança orgânica e zelar pelo cumprimento delas; desempenhar outras atividades que visem apoiar técnica e administrativamente as metas da Instituição Policial, bem como executar outras tarefas que lhe forem atribuídas.

Projeto pode gerar mais contratações na PF 

Um novo projeto de combate ao tráfico de entorpecentes e armamentos nas fronteiras, que será apresentado ainda este ano ao Congresso Nacional pelo ministro da Justiça Sérgio Moro poderá tornar necessária a realização de  novo concurso PF. De acordo com notícia divulgada pelo jornal O Globo, com a proposta deverá ser criado um escritório de inteligência integrado, que deve reunir agentes da PF, Polícia Rodoviária Federal e Forças Armadas, além de representantes das polícias locais.

Segundo o vice-presidente da Associação Nacional dos Delegados da PF (ADPF), Luciano Leiro, a criação do escritório de inteligência reforça a necessidade de futura contratação de mais servidores.  “Mesmo com a nomeação de mil aprovados no último concurso o déficit continua grande, quase um terço do seu efetivo. Além dos cargos já desocupados teremos as aposentadorias, uma média de 300 para este ano e mais 300 para 2020. É necessário que haja pelo menos a convocação de mil policiais por ano. Com a criação do escritório a situação se agrava ainda mais”, disse.

Segundo dados da instituição, a PF conta com uma necessidade de pelo menos 4.500 servidores, principalmente para a carreira de agente.

Independência do concurso PF

Vale lembrar que, de acordo com o decreto 9.739, de 28 de março, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, a PF (Polícia Federal) não precisa de autorização do Ministério da Justiça para realizar um novo concurso público. 

No caso da PF, a liberação de novos concursos fica sob a responsabilidade do diretor-geral do órgão, podendo ocorrer sempre que a necessidade atingir 5% do quadro de pessoal ou em caso de menor percentual, de acordo com determinação do Ministério da Justiça e Segurança Pública. 

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