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Concursos & Carreiras

Como ficam os concursos na pós-pandemia?

Com editais em andamento e outros previstos, candidatos precisam manter o foco mesmo durante o isolamento social

Redação Jornal de Brasília

25/08/2020 12h22

O atual cenário da pandemia mundial trouxe várias incertezas para o ambiente de trabalho e para a economia. Na rede privada, o mercado em queda provocou muitas demissões e reduções de salários, já no funcionalismo público a estabilidade é o alento para muitas pessoas em tempos tão instáveis.

Mas para quem sonha com um vaga no setor público, como será o cenário dos certames pós-pandemia? Pensando nisso, as professoras do IMP Concursos, Madalena Coatio e Vânia Rêgo, fazem uma análise dessa realidade, que tem sido uma dúvida constante de quem está se preparando para concursos públicos.

Segundo as especialistas, duas realidades precisam ser analisadas. Por um lado é inegável que os orçamentos públicos sofrerão redução. Porém, por outro lado é fato que o Poder Público não pode parar seus serviços essenciais e não-essenciais, e de acordo a constituição a forma de contratação de servidores se dá por meio de concursos públicos (artigo 37, II, da Constituição Federal).

Com a retomada gradual dos serviços, do funcionamento e das atividades econômicas, é visível que vários editais foram lançados, o que demonstra bons concursos em 2020 e 2021. Entre eles:

 

  • Agente para a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF);
  • Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN);
  • Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF);
  • Professor temporário da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF);
  • Além das seleções simplificadas com provas de títulos da área de saúde.

 

Órgãos e entidades seguem com a necessidade de contratação.

Mesmo com a pandemia a Administração Pública não pode parar e precisa repor seu quadro de servidores. Por isso, os certames serão retomados com força total. Muitos órgãos já estão com grandes déficits de pessoal, por vários motivos, entre eles a vacância criada em virtude das aposentadorias de servidores. Então é importante entender que a criação de novos cargos pode ser adiada, o que não pode ocorrer com aqueles postos que já existem e precisam ser preenchidos.

É isso que explica a professora Vânia Rêgo, mestra em Educação, na área de Gestão e Políticas Públicas, pela UnB. “O atual cenário, de pandemia, parece não apontar perspectivas. Engano!!! A vida não parou! Ela se apresenta de forma diferente e isso vale para os concursos tão esperados por muitos. Vale salientar que são vários os cargos, já existentes e com previsão legal, tanto nas esferas federal, estadual e municipal e que não podem deixar de ser preenchidas, tendo em vista que parariam áreas estratégicas do Estado”, afirma.

Essa também é a visão de Madalena Coatio, professora e Mestra em Educação pela Universidade de Brasília e professora aposentada da SEEDF. A especialista explica que, mesmo com as medidas de contenção de despesas impostas pelo enfrentamento à COVID-19, existe a previsão de concursos para reposição de cargos e de contratação temporária para atender as demandas emergenciais.

“Apesar do Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus (*LC 173/20) apresentar algumas medidas de contenção de despesas para a União, estados, municípios e DF no que tange à proibição de criação de cargos e contratação de pessoal, há ressalvas na Lei Complementar. Uma das ressalvas permite concurso para reposições decorrentes de vacâncias de cargos efetivos ou vitalícios e permite a contratação temporária para atender a necessidade de excepcional interesse público. Por isso concursos na área de saúde, segurança e educação devem ser mantidos”, explica.

Concursos adiados!

Para quem está se preparando para as provas que já estavam marcadas e foram adiadas, o conselho das professoras é para continuar firme e manter o cronograma de estudos. “Convém lembrar que houve suspensão/adiamento e NÃO o cancelamento (que é algo definitivo). Concursos com editais publicados e outros com provas, inclusive marcadas, deverão ocorrer imediatamente após o fim da pandemia ou quando as autoridades sanitárias entenderem que há segurança para a aplicação das provas”, declara Madalena Coatio.

 

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