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Cinema

Sétima arte como conexão humana em cartaz no CCBB Brasília

Arquivo Geral

18/12/2018 20h19

Média-metragem sueco Câmeras Roubadas (2018), de Råfilm, faz parte da programação do festival (Divulgação)

Beatriz Castilho
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O nome já adianta: a ideia é transcender. Sem deixar a espiritualidade de lado, o Festival Internacional Cinema e Transcendência utiliza a literalidade do termo que carrega para criar, em maratona cinematográfica, uma programação antropológica – e ir além. Com sessões de cinema, oficinas, rodas de conversa e aulas de vivência, a quinta edição da festividade se estende por 16 dias, tomando diferentes áreas do Centro Cultural Banco do Brasil.

Até 6 de janeiro, 27 filmes se revezam na tela do cinema. Grande parte das exibições apresenta um curta ou média-metragem antes do longa. Uma das pedidas é o argentino Monstro (2017), de pouco mais de três minutos, além do documentário francês Burkina Faso: A Arte da Resistência (2017). Com 72 minutos, o longa retrata a resistência artística de uma comunidade em um pequeno país na África Ocidental.

Sem amarras temáticas, a diversidade sobressai no festival. Por exemplo, além do documentário da data de estreia, outros filmes de não-ficção perpassam desde viés biográfico, como o brasileiro Mito e Música: A Mensagem De Fernando Pessoa, até direitos humanos, com o alemão Humanness (2017).

Na parcela ficcional, um dos destaques é Lucky (2017), que mistura drama e comédia e marca a estreia de John Carroll Lynch, filho do consagrado diretor David Lynch.

Versão expandida

Este ano, a curadoria do festival transcendeu (!) o padrão que seguia, abrindo possibilidade de inscrição para produções cinematográficas. “Para a nossa surpresa, foram mais de 600 filmes na lista. Muitos não tinham a ver com a temática, mas encontramos muitos outros com a linguagem da transcendência”, explica a curadora Carina Bini.

Assim, antes preenchida apenas com indicações da equipe, esta edição é marcada pela expansão das fronteiras.

Dentre os 635 títulos, 35 países diferentes participaram da disputa – sendo o continente europeu o mais evidente. “Ao final, no entanto, acho que a programação não tem muita divisão”, diz Carina. “São filmes que cumprem seu papel dentro do festival, de apresentar o mundo, das pessoas entrarem em contato com aquilo”.

Auxiliando essa conexão – entre temática e público – o festival ultrapassa a linguagem cinematográfica, promovendo uma programação alternativa no Pavilhão de Vidro do local, com aulas oficinas, rodas de conversa e mais.

Serviço
Até 6 de janeiro de 2019. No Cinema e Pavilhão de Vidro do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (Setor de Clubes Esportivos Sul). Entrada franca. Informações: 3108-7600 e culturabancodobrasil.com.br. Classificação indicativa varia de acordo com o filme.

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