Menu
Entretenimento

Reboot de Tomb Raider traz heroína mais vulnerável e realista

Arquivo Geral

15/03/2018 7h00

Divulgação

Eric Zambon
[email protected]

A nova encarnação de Lara Croft, vivida por Alicia Vikander, é pobre, vulnerável e insegura, bem diferente da personagem forte e abastada interpretada por Angelina Jolie em 2001 e 2003. Assim, em vez de apostar em mais um blockbuster de super-heroína, o recomeço da franquia Tomb Raider, adaptada dos jogos homônimos lançados desde 1996, abraça o subgênero de guerrilha para contar como a jovem perdida se torna uma aventureira.

Isso traz frescor para a série e, ao tornar a heroína mais realista e com problemas mundanos críveis, gera empatia. As dificuldades propostas, triviais para figuras hiper-reais como James Bond, mas relevantes para pessoas comuns, ajudam o espectador a se identificar com a personagem à medida que ela progride como pessoa e como herdeira de um grande legado.

A trama segue Lara, uma entregadora em Londres, que renega a herança de seu desaparecido pai, o Lorde Richard Croft (Dominic West), por não aceitar sua morte. Ao descobrir a possibilidade de a mansão onde passou sua infância ser leiloada, ela decide ceder à burocracia, mas, antes de assinar os papeis, encontra pistas deixadas pelo patriarca sobre uma pesquisa arqueológica no Japão. A moça decide, então, continuar de onde seu pai parou e vai ao Oriente em busca de respostas.

O enredo se inspira livremente no jogo Tomb Raider de 2013 e o roteiro de Alastair Siddons e Geneva Robertson-Dworet ainda incorpora o clima (e algumas armadilhas) de Indiana Jones e até dos filmes de Jolie. O resultado é agridoce, com oscilação entre o excesso de furos e a nostalgia.

As revelações sobre o paradeiro do pai de Lara, por exemplo, são previsíveis desde a primeira cena, bem como as ações do escudeiro da moça, Lu Ren (Daniel Wu). O vilão Mathias Vogel (Walton Goggins) possui certa tridimensionalidade, mas o enredo abandona isso na metade da obra e leva ao desperdício de uma boa ideia.

As tomadas de ação remetem a momentos do jogo, mas a direção de Roar Uthaug é pouco inspirada, especialmente nos tiroteios e perseguições. O destaque fica para a primeira grande luta corporal de Lara contra um dos capangas de Vogel, momento em que o cineasta consegue conferir peso ao que deveria ser apenas um combate.

Protagonistas oscarizadas

Atrizes como Cara Delevingne, de Esquadrão Suicida, e Daisy Ridley, de Star Wars, foram cotadas para o papel, que ficou com a sueca Alicia Vikander, ganhadora do Oscar em 2015 como atriz coadjuvante por seu papel em A Garota Dinamarquesa.

Curiosamente, a antiga intérprete de Lara Croft, Angelina Jolie, também já havia levado uma estatueta quando encarnou a heroína. Ela foi premiada por sua atuação em Garota, Interrompida, de 2000, e posteriormente por A Troca, de 2009.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado