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Programe-se! Samba, música eletrônica e muita lacração neste fim de semana

Arquivo Geral

16/03/2018 7h00

Atualizada 15/03/2018 22h36

“Há muito tempo existe a cultura drag no Brasil, não podemos esquecer disso. O que antes era da noite, de forma segregada, hoje ajuda a quebrar tabus e abre portas para direitos”, Aretuza Lovi, cantora. Foto: Divulgação

Beatriz Castilho
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Entre hoje e domingo, brasilienses podem explorar uma gama de opções musicais que abrangem os gostos mais ecléticos. Tem samba, música eletrônica e muita lacração! “Cabeça pro alto e catuaba na mão, que a Aretuza vem aí”. Com apresentação única, a cantora Aretuza Lovi se apresenta hoje na capital. Com álbum anunciado, parcerias incríveis e sucesso na internet, a goiana retorna à Victoria Haus (Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte), local em que começou sua carreira, em 2012.

Arê lançou o EP PopStar, em 2013, e, agora, se prepara para o primeiro álbum. Intitulado Mercadinho, o disco conta com participações de Solange Almeida, Valeska Popozuda, IZA e Pablo Vittar – na faixa Joga a Bunda. O som será um pouco diferente do primeiro trabalho da artista, o que ela explica em entrevista ao JBr.: “O primeiro era mais tecnobrega, mas nunca me defini como isso. Eu faço música e não vejo problema em mudar de ritmo, esse é um resultado de muito estudo”.

Conhecida por sua peruca frisada loira platinada, a drag se inspira em cultura brasileira, não só em seu som, mas em sua imagem. “Em toda questão visual, trabalho com Bianca Jahara. Misturamos tudo que é brasileiro, tropical e extravagante com meu próprio estilo”, explica.

Aretuza acredita que o Brasil vive um momento revolucionário. “Há muito tempo existe a cultura drag no Brasil, não podemos esquecer disso. O que antes era da noite, de forma segregada, hoje ajuda a quebrar tabus e abre portas para direitos”. A maior visibilidade do tema em grandes meios de comunicação é uma das explicações, segundo Arê. “Existem drags em todas as áreas, que cantam, dublam ou batem cabelo”.

A apresentação acontece hoje, às 22h30. Ingressos variam de R$ 20 a R$ 50. Informações: 99552-2891. Não recomendado para menores de 18 anos.

Para quem curte algo mais tranquilo, tem o samba romântico de Dilsinho, amanhã, na Bamboa Brasil (Setor Hípico Sul), a partir das 22h. Carioca de 25 anos, o cantor conta com mais de 10 anos de carreira e composições gravadas por grandes nomes como Tiaguinho, Alexandre Pires e Mumuzinho.

Aos 13 anos, Dilson Scher aprendeu a tocar violão, ainda sem amarras em nenhum gênero. Com primos músicos e tio poeta, foi influenciado a começar a espalhar sua paixão pela cidade. “Aos 14 anos comecei a tocar em bares e restaurantes, e me vi compondo. Aos 17, Alexandre Pires gravou uma música minha”, conta o cantor.

Inspirado por relações cotidianas, Dilsinho conta que suas composições refletem diretamente sentimentos vividos no dia. “Quando estou feliz, sai algo mais alegre e assim vai. Escrevo sobre coisas que aconteceram comigo, mas pego muita referência de vivências de amigos, até de filmes”, conta.

Com hits como Refém, Cansei de Farra e O Cara Certo, Dilsinho acaba de lançar um projeto no YouTube, no qual soma mais de 800 mil seguidores em seu canal.

Ingressos: Frente palco – R$ 40. Camarote – R$ 60. Valores referentes à meia-entrada. Informações: 3334-4450. Não recomendado para menores de 16 anos.

Festa estreia temporada

Amanhã também acontece a festa Mistura Selvagem. O evento inicia a programação de 2018 da famosa Mistura Fina, no Espaço Clube Coat (Setor de Clubes Esportivos Sul). Com dez anos de existência, a festa aposta num cardápio musical de música eletrônica e black music, com a participação de DJs de renome local, nacional e internacional.

Entre os convidados deste fim de semana estão Pathy Dejesus, atriz, apresentadora e DJ, com sets inesperados; e Selvagem, duo paulistano que explora a mixagem de grandes músicas brasileiras para animar os eventos.

Tudo começou como um hobby, mas o tempo mostrou que a música era mais do que isso. Augusto e Millos tocavam ocasionalmente, desde 2005 e 2009, respectivamente, mas foi em 2013 que tudo mudou. O crescimento da banda se deu a partir de eventos produzidos pelos amigos, e a sonoridade foi o que chamou atenção. “Misturamos várias sonoridades nos nossos sets. Quem nos ouve acaba escutando música africana, japonesa, turca, francesa, além de muita música brasileira, que acaba sendo o nosso grande trunfo”, conta Augusto Olivani.

O sucesso foi tanto que a dupla fez cinco turnês pela Europa – 10 países em 50 dias. Para Augusto, a maior diferença de se apresentar por lá e no Brasil é a receptividade do público. “Europeus se mostram mais abertos à música brasileira, aqui ainda existe uma certa relutância em ouvir algo cantado na língua materna”, explica. Apesar disso o paulistano afirma que a animação dos brasileiros não se compara a de outros locais.

Quem também estreia nesta edição da festa são os convidados brasilienses Catz N Hood (deep house/nu disco) e Gab J (bass music). Completa a escalação o DJ Chicco Aquino.

Ingressos a R$ 60. Informações 4141-4126. Não recomendado para menores de 18 anos.

Nova casa noturna

Amanhã acontece a inauguração da casa noturna Pink Elephant (Setor de Clubes Esportivos Sul), com dez lounges, que possuem entradas independentes e cobertas. A filial da boate nova-iorquina situada à beira do Lago Paranoá traz muita música eletrônica, com discotecagem do trio Make U Sweat, trio de DJs de música eletrônica composto por Dudu Linhares, Guga Guizelini e Pedro Almeida. A festa começa às 23h. Ingressos: R$ 80 (feminino) e R$ 120 (masculino). Informações no aplicativo Pink Elephant. Não recomendado para menores de 18 anos.

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