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Entretenimento

Pai da Rouanet vê novos valores da lei com maus olhos, mas gosta de mudança de nome

Willian Matos

24/04/2019 21h28

Atualizada 15/06/2019 8h49

Sergio Paulo Rouanet

O diplomata e membro da Academia Brasileira de Letras, Sergio Paulo Rouanet, classificou como “grande alívio” a mudança de nome da Lei Rouanet. O marketing governo Bolsonaro vai “derrubar” o sobrenome de Sergio e chamar de Lei de Incentivo à Cultura.

“Ela [a lei] acabou recebendo esse apelido e foi posteriormente muito criticada, algumas vezes de forma bastante correta, em outras com distorções graves”, conta. “Mas não deixa de ser um alívio a tentativa de mudar o nome”, complementa, em entrevista à Folha de S. Paulo. A publicação no Diário Oficial, oficialmente, não traz nenhuma mudança de nomenclatura. Não usar mais o nome Rouanet faz parte de um esforço de marketing para embalar a lei em uma nova roupagem, Segundo integrantes da gestão Bolsonaro e do Ministério da Cidadania.

Quanto às alterações financeiras, o Pai da Rouanet não viu com bons olhos, mas acredita em melhorias por região. “O que fico sabendo é por colegas ou pela imprensa. Mas não me pareceu razoável, nesta última alteração, o teto de R$ 1 milhão. A cultura do Brasil em geral passa por um momento difícil.”, disse Sergio Rouanet, em entrevista à Folha.

Rouanet se refere à mudança quanto ao teto que cada projeto poderá atingir. Antes, um projeto cultural poderia utilizar até R$ 60 milhões. Agora, o valor reduziu drasticamente, para R$ 1 milhão. Apesar de não lhe parecer razoável, o diplomata acredita ser uma boa alteração quando pensamos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. “Demonstra uma preocupação com as deformações regionais”, conta.

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