Éric Zambon
Substitua Cersei Lannister por Maytê Piragibe, Jon Snow por Sidney Sampaio e terá “A Terra Prometida”, novela da Record que promete ser “a versão gospel de Game of Thrones”. Continuação direta de “Os Dez Mandamentos”, a atração, com estreia marcada para esta terça-feira (5), retratará a ascensão de Josué ao trono de Israel após a morte de Moisés.
Em algumas imagens promocionais, é possível encontrar semelhanças nos enquadramentos e tipos de filtro usados pela produção brasileira. Para reproduzir o ambiente desértico e o clima árido do local onde hoje está Israel, a produção da novela levou os atores para a África. Houve gravações na Namíbia e em Angola por duas semanas com 60 membros da equipe, incluindo o time principal de atores. Curiosamente, Game of Thrones também foi filmado no continente, mas em Marrocos.
Além de referências visuais, a novela contará com outras similaridades no enredo. Em GoT, por exemplo, existem diversas famílias com interesses e origens distintas, divididas em casas, como a casa Lannister, Stark, Tyrell etc. Em “A Terra Prometida”, os personagens serão distribuídos em tribos, como a tribo de Judá, Manassés e por aí vai.
A comparação com a produção estrangeira foi feita pelo próprio autor da novela, Renato Modesto. Em entrevista ao Estadão, ele admitiu gostar da obra inspirada nos livros de George R. R. Martin e afirmou ser uma “influência natural” para o trabalho. O seriado do canal de TV a cabo HBO encerrou sua sexta temporada no último dia 26 com recorde de audiência – teria sido assistido por quase 9 milhões de pessoas nos EUA, conforme a emissora.
Segundo um dos diretores, Anderson Souza, caso a novela alcance sucesso comparável ao de sua antecessora, a ideia é “criar subprodutos” e explorar a obra em outras mídias, como o cinema. Em janeiro deste ano, a Record compilou cenas dos mais de 170 episódios da produção original e montou “Os Dez Mandamentos – O Filme”, que vendeu cerca de 11 milhões de ingressos em quase dois meses de exibição. Esse número, porém, gerou polêmica devido aos relatos de salas quase vazias em sessões supostamente lotadas e à distribuição de ingressos em igrejas evangélicas pelo País.
