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Minissérie sobre a saga da construção de Brasília estreia neste sábado no History Chanel

Arquivo Geral

19/04/2018 14h13

History Chanel/Divulgação

Beatriz Castilho
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Entre muita poeira e obra, existe muita polêmica, e muita história. Após a formalização da antiga ideia de transferir a capital do país para o centro do Brasil, a migração e o povoamento do planalto central marcaram os anos 50. E, com um extenso intercâmbio cultural, Brasília nasceu quatro anos depois. Com o intuito de reconstruir a parcela menos lembrada dessa história, o History Channel, em parceria com a CineGroup, lança a minissérie Mil Dias: A Saga da Construção de Brasília no aniversário da cidade, neste sábado (21) às 19h.

Para a reconstituição dos acontecimentos vividos em meados dos século passado, uma intensa pesquisa foi feita com diversos especialistas. Assim, jornalistas, historiadores, arquitetos também são personagens da narrativa. De forma geral, as entrevistas realizadas revezam com a ficção. “É um formato já utilizado pelo History, o diferencial é utilizar os personagens também dando depoimento”, explica Luciana Pires, produtora-executiva da Cine Group, em entrevista ao JBr.

Aliás, as narrações feitas pelos personagens são carregadas de sotaque, formalidade e temática caracterizando o contexto vivido por cada protagonista. “Brasília recebeu diversas classes trabalhadoras, e nossa ideia era representar um pouco de cada. Os depoimentos ‘ficcionais’ têm muito estudo por trás”, conta Luciana.

Episódio piloto

Cada capítulo explora a vida de um protagonista e sua participação na trama. O topógrafo carioca Heitor, interpretado por Bruno Bellarmino, inaugura a série com o piloto O Sonho, tratando dos desafios na transferência da capital. Rodrigo Garcia é responsável pela história do engenheiro Mauro, no segundo episódio, focando nas dificuldades e correrias para levantar todo o projeto no tempo previsto.

Luciana conta que o terceiro episódio roda em torno de Gilda, vivida por Renata Calmon, que se depara com a falta de recursos e sexismo vivido pela arquiteta. “Ela representa mulheres nessa classe majoritariamente masculina. Além de dar voz às mulheres que participaram da construção, que muitas vezes não recebem destaque na história”. Por fim, o último capítulo fica por conta, além da finalização da cidade, da experiência do operário Domingos, trazido à ficção por Paulo Roque.

Entre as localidades utilizadas nas gravações, a tela verde foi o plano de fundo mais utilizado. Conhecida como Chroma Key, o plano teve grande importância para a realização de recursos tecnológicos, utilizados para recriar a deserta, e ainda em construção, Brasília. Apesar disso, locais como Catetinho, SQS 308, Congresso Nacional e Museu da memória viva foram utilizados como cenário da série.

Fora do eixo Rio-São Paulo

A série foi desenvolvida e gravada durante dois anos, e foge do eixo Rio-São Paulo de produção audiovisual. Entre 160 pessoas que participaram da equipe, estima-se que 80% eram de Brasília. Apesar da pré-estreia em comemoração ao aniversário da capital, oficialmente a transmissão da série acontece aos domingos (22 e 29/4 e 6 e 13/5), às 23h30.

 

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