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Entretenimento

Exposição sobre a história da Aruc começa nesta terça

Colaborador JBr

14/02/2017 14h01

Foto: Divulgação

A exposição “Carnaval de Brasília tem história”, começa nesta terça (14) e vai até 28 de fevereiro, na Praça Central do Pátio Brasil. De todos os objetos e fotos da escola de samba que estarão no shopping, o maior destaque são as duas fantasias usadas pelos integrantes do grupo. A visitação pode ser realizada de segunda a sábado, de 10h às 22h e aos domingos e feriados, das 14h às 20h. A entrada é gratuita.

Em uma tarde do dia 21 de outubro de 1961, um grupo de moradores do Bairro do Gavião (antigo nome do Cruzeiro) reuniu-se nos fundos da casa de Paulo Costa, na Quadra 14, para fundar uma entidade que promovesse o congraçamento dos moradores do bairro, desenvolvendo atividades de lazer, esporte e cultura.

Nascia aí a Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro. Como a maioria dos seus fundadores era formada por cariocas, transferidos recentemente do Rio de Janeiro para a nova capital, uma das primeiras providências da nova entidade foi a criação do Departamento de Escola de Samba. Estavam lançadas as bases da Escola de Samba Unidos do Cruzeiro.

Dez trófeus de todos estes já conquistados também estarão na exposição, incluindo o primeiro e o último. “Como não temos mais os desfiles de escola de samba em Brasília, essa parceria do Pátio Brasil com a Aruc é uma forma de não deixar o Carnaval daqui morrer, de manter viva a história dos nossos carnavalescos que é também a história da capital”, avalia a gerente de marketing do shopping, Karine Câmara.

HISTÓRIA – Após um começo marcado por dificuldades e polêmicas internas, a Aruc deu seus primeiros passos para uma hegemonia como pouco se viu nos carnavais do Brasil. Seus primeiros títulos formaram uma sequência de cinco anos, desbancando a até então maior rival, Alvorada em Ritmo da Asa Sul. Batizada por Natal da Portela, a escola azul e branco do Cruzeiro teve uma trajetória de muitas alegrias, mas também crises que deixaram marcas, que serviram para aguçar ainda mais o espírito de luta.

Episódios como a desclassificação por reduzido número de integrantes em 1974 ou o até hoje misterioso sumiço da bandeira no desfile de 1979 marcaram uma década de problemas, mas inevitável volta por cima. Sob o comando do presidente Nilton Sabino, a Aruc assumiu a condição de maior escola de samba do Distrito Federal de uma vez por todas. Sob os cuidados do carnavalesco Roberto de Lima Machado, foi colecionando vitórias e mais vitórias.

Ainda nos anos 70 a Aruc abriu seu Departamento de Esportes sob a liderança de Helio dos Santos, mantendo a tradição de vitórias e formando grandes equipes de futebol, futsal e handebol, sempre representando o Cruzeiro e Brasília em competições locais e nacionais ou mesmo promovendo eventos esportivos como o Torneio Aberto de Futsal ou os Jogos Comunitários do Cruzeiro. Entre os principais troféus, destaque para o Campeonato Brasiliense de Futsal adulto em 1981, a Taça Brasil de futsal feminino em 1990 e a Copa Mercosul de Handebol em 2005.

Sucessor de Sabino, Helio chegou à presidência no início dos anos 80 e a Aruc continuou forte, com uma equipe de carnaval formada por Roberto Machado, que conquistou a maior sequência de vitórias em desfiles de carnaval em todo o Brasil, o inesquecível OCTA-CAMPEONATO, de 1986 a 1993. A Aruc também desenvolveu outras atividades na área cultural, cujo departamento promoveu os importantes concertos Canta Gavião, as Ruas de Arte e Lazer e inúmeras oficinas de artes plásticas e serigrafia, incentivando ainda mais a cultura cruzeirense ao desenvolver a produção artística da comunidade.

A quadra da Aruc passou a ser também uma referência em termos de shows, com a presença de grandes nomes do samba brasileiro em apresentações memoráveis ma quadra Nilton de Oliveira Sabino, assim batizada em homenagem a seu antigo presidente. Ainda na década de 90 a Aruc se transformaria em Clube de Unidade de Vizinhança do Cruzeiro, ao reformar quadras de esporte, construir piscinas e dinamizar sua parte desportiva.

Foi um período de ausência nos desfiles por três anos consecutivos, devido a problemas de organização do evento por parte do GDF e da Liga de Escolas de Samba. Tanto tempo sem ouvir os surdos e tamborins da Bateria Nota 10, porém, não poderia se estender ainda mais. A Aruc retorna aos desfiles e fatura mais um campeonato.

Serviço

Data: até 28 de fevereiro
Hora: segunda a sábado, 10h às 22h. Domingos e feriados, das 14h às 20h
Local: Praça Central do Pátio Brasil
Informações: (61) 99258-6801
Entrada gratuita

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