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Dicas para conciliar a rotina das crianças e o home office na quarentena

Com as medidas de isolamento social, muitas mães e pais passaram a equilibrar a vida profissional e o cuidado com os filhos 24h em casa

Redação Jornal de Brasília

21/04/2020 11h49

top view of a desktop with a working father and his child painting a picture. Coronavirus quarantine concept. selective focus

O isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus modificou a rotina da maioria das famílias – com as crianças em casa em tempo integral, muitos pais se desdobram para equilibrar as exigências do trabalho home office com as brincadeiras e cuidados com os filhos. A coordenadora pedagógica de Educação Infantil do Colégio Renascença, Tânia Martins, destacou algumas dicas para ajudar a conciliar a vida profissional e familiar em tempos de quarentena

Primeiro é preciso entender que toda essa situação é nova, mesmo se os pais já tenham trabalhado em regime de home office. Veja, a família está em reclusão e este convívio 24h é um exercício novo para pais e filhos. É preciso lembrar que essa mudança está afetando a todos e, por isso, o olhar precisa ser ampliado para entender que não é possível esperar que a rotina de trabalho seja a mesma de antes”, explica a profissional.

A coordenadora pedagógica de educação infantil do Colégio Renascença ensina que é preciso considerar que a necessidade do isolamento social concentrou o convívio familiar em relações estáveis, contínuas e íntimas – ou seja, em um mesmo local, por um longo período e em tempo integral – e, por isso, é preciso organizar a rotina para manter o bem-estar familiar imediato e à longo prazo. Confira algumas dicas para conciliar o home office e as crianças na quarentena:

Falar sobre a quarentena com as crianças – Permanecer em isolamento social em casa já é uma tarefa complicada para adultos. “Lidar com o tédio, com a frustração de não poder sair e a ansiedade são desafios para os pais – imagine para os pequenos”, comenta a pedagoga. “É fundamental ter uma conversa familiar mesmo com as crianças menores para que pais e filhos falem sobre os dias de convivência. É preciso falar dos sentimentos que envolvem estar em isolamento social, como, por exemplo, ser impedido de sair de casa para brincar, visitar a casa da avó, encontrar os amigos. Assim, permitindo com que a criança fale, a ajudamos a desenvolver ferramentas emocionais importantes para a vida”.

Aumento da birra durante a quarentena – De acordo com a profissional, é normal que os pais notem as crianças fazerem mais birra durante este período – seja para comer, dormir ou respeitar o horário de trabalho dos pais. “É preciso que nós pensemos a partir do ponto de vista da criança: agora elas têm os pais em casa o tempo todo e é natural que elas esperem mais proximidade, carinho, atenção. Acontece que como nem sempre é possível focar apenas nas crianças, a frustração pode acarretar uma mudança de comportamento e aparecem mais birras. Por isso, há a necessidade de regras mais constantes para equilibrar as expectativas de pais e filhos”.

Nova rotina para as crianças – O bem-estar da casa depende da organização de uma rotina especial para o período da quarentena. Segundo a coordenadora pedagógica do Colégio Renascença, além de definir horários é preciso delimitar espaços para diferentes atividades. “Também é preciso fazer um registro com desenhos ou símbolos que as crianças entendam para estabelecer uma rotina do momento de brincar junto e o momento de brincar com autonomia e segurança em um espaço reservado para que a mamãe e o papai possam trabalhar”, diz.

Adaptar a rotina de trabalho à realidade – Para Tânia Martins é fundamental levar em conta que o contexto da casa não é o mesmo do escritório. Recursos tecnológicos e um espaço reservado para trabalhar ajudam a adequar o espaço, mas inevitavelmente a rotina será alterada e é preciso encarar com praticidade. “Uma dica é mudar o horário de responder e-mails. As mensagens podem ser lidas à noite e assim os pais podem utilizar o horário comercial para dar mais atenção às crianças e lidar com funções profissionais como reuniões por videoconferência e outras atividades que não podem ser adiadas”.

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