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Cinema

Capítulo final de ‘X-Men’ pode dividir opiniões

X-Men: Fênix Negra, quarto filme da nova franquia, traz novos elementos para a saga, mas que talvez desagrade fãs.

Leonardo Resende

06/06/2019 11h18

Atualizada 09/06/2019 12h43


Ao longo dos últimos 20 anos, a adaptação para os mutantes no cinema percorreu uma trilha irregular, onde altos e baixos compuseram um rumo interessante e nos entregou excelentes momentos como Logan, X-Men 2 e X-Men – Dias de um Futuro Esquecido e instantes pavorosos como X-Men Origens: Wolverine, X-Men: O Confronto Final e X-Men: Apocalipse. Agora, ao encerrar o arco preâmbulo iniciado em X-Men – Primeira Classe, X-Men: Fênix Negra, que estreia nos cinemas da cidade nesta quinta-feira (6) consegue caminhar entre bom e péssimo com muita cautela.

Sete anos após os eventos de X-Men: Apocalipse, enquanto os X-Men são vistos como figuras heroicas, os mutantes ganham mais espaço de aceitação entre os humanos. Depois de uma missão de resgate da equipe da Nasa, Jean Grey (Sophia Turner) entra em contato com uma energia cósmica poderosa, transformando-a no ser mais poderoso do planeta Terra.

Nova roupagem

Nesta linha tênue entre o competente e o ruim, X-Men: Fênix Negra consegue recriar alguns conflitos da personalidade da vilã melhores do que a outra adaptação do arco em X-Men: O Confronto Final. O roteirista, Simon Kinberg, que roteirizou a outra adaptação da Fênix nos cinemas, ajusta as justificativas da personagem e consegue delinear com mais autenticidade os elementos que fizeram de O Confronto Final um completo fiasco. Porém, Kinberg assume, de modo inédito em sua carreira, a direção do filme, dando outra identidade ao título, como, por exemplo, o abandono de características visuais vistas na franquia e a humanidade que os diretores anteriores (Mathew Vaughn e Brian Synger) apostaram tanto.

Sophie Turner e Jennifer Lawrence em X-Men: Fênix Negra. Foto- Divulgação/Fox Filmes

Por mais que este método tente trazer algo novo para a coleção, isso, paralelamente, anula aquela sensação de nostalgia que os últimos filmes trouxeram. Ponto negativo, ainda mais com um filme que quer finalizar uma adorada franquia de 20 anos. 

Atuações

Este adorado segmento da Marvel enfatiza uma personagem que a força condutora das ações é movida por seus conflitos, que inclui um enorme trauma de infância. Sophia Turner, quem dá vida ao papel de Jean Grey, mostra uma habilidade competente de colocar todos os dilemas da vilã com muita nuance. Enquanto os demais atores, Michael Fassbender e Jennifer Lawrence, apenas batem ponto. Ao lado de Turner, Nicholas Hoult e James McAvoy reprisam o papel com mais profundidade do que os demais colegas. Ao mesmo tempo que o roteiro inclui estes personagens dentro de um furacão de caos moral, ele exclui nomes excelentes, como é o caso de Jessica Chastain. Atriz A-List de Hollywood que nunca esteve tão congelada. 

Sophie Turner como Jean Grey. Atuação competente.
Foto – Divulgação/Fox Filmes

Entretanto, mesmo que não seja tão desastroso que o anterior, ver uma franquia que foi pioneira em narrativas para heróis degringolar dessa forma, é de muita tristeza. 

Por Leonardo Resende

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