Menu
Cinema

Brightburn – O Filho das Trevas, recria um Superman diabólico

Brightburn – O FIlho das Trevas, uma das estreias das semana, é um terror que reimagina um Superman malvado.

Leonardo Resende

23/05/2019 11h16

Atualizada 09/06/2019 12h29

Quando há a saturação de um gênero, cabe ao corpo técnico de Hollywood encontrar soluções para reformular a imagem do segmento. Nos últimos dez anos, o cinema nunca esteve tão recheado de adaptações de quadrinhos. Se antes havia apenas o universo estendido da Marvel e as sessões eram quase monopolizadas pelo estúdio, agora temos a concorrente DC Comics disputando por espaço no pantão de releituras. Mesmo que não seja permanecente a nenhuma destas casas, Brightburn – O Filho das Trevas, que estreia nos cinemas da cidade nesta quinta-feira, faz exatamente isso que o gênero precisou: uma nova percepção.

Foto – Divulgação/Sony Pictures

Estrelado por Elizabeth Banks e David Denman, Brightburn – O Filho das Trevas, reimagina de modo sombrio, a história de um menino com super poderes ao chegar ao planeta Terra.

Gênero subvertido
No cinema de terror existe uma categoria chamada “bad seed”. Em sua tradução, o termo significa semente maldita, que classifica crianças maldosas ou psicopatas. Unir essa concepção ao gênero de herói, além de transparecer muita coragem, é também muito autêntico. James Gunn (Guardiões da Galáxia Vol 1 e 2) que assina a produção, trouxe um pouco do seu conhecimento de papeis de heróis invertidos no cinema para Brightburn.

Jackson A. Dunn como Brandon Bryer: um superman maldoso. Foto – Divulgação/Sony Pictures

Muito além do seu intelecto para tal material, Gunn, ao lado dos roteiristas Brain Gunn e Mark Gunn, também agregou seu gosto ácido para o terror trash, que já foi visto em Seres Rastejantes e Super ao filme de David Yarovesky. Característica que se torna o calcanhar de Aquiles deste longa-metragem. Como a nasceu de derivados de super heróis, o estilo deve conversar com o público que está adequado ao padrão estético de outros filmes.

Geralmente, o trash, convictamente, quer conferenciar com o desprendido e mal-feito. Esse tipo de personalidade cinematográfica entra em divergência ao tratar de uma ideia tão original, fazendo de Brightburn – O Filho das Trevas uma experiência incompleta, mas ainda sim interessante de assistir.

Elizabeth Banks como mãe adotiva de Brandon. Foto – Divulgação/Sony Pictures

Mesmo que não atinja os picos completos da premissa criada, Brightburn – O Filho das Trevas é a prova de que há uma entidade preocupada em trazer novas ideias insubordinadas para um gênero que deve entrar em colapso em breve.

 

Por Leonardo Resende

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado