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Celebridades

Rodrigo Santoro e a pandemia no Brasil: ‘vivemos algo muito desafiador’

Estamos seguindo o dia a dia, esperando que a coisa melhore”, afirmou o artista

Redação Jornal de Brasília

13/08/2020 9h01

Uma crise de saúde somada a complicações políticas e sociais. Esta é a tormenta vivida no Brasil durante a pandemia de covid-19, segundo o ator Rodrigo Santoro, que está no filme Project Power, novo projeto da Netflix que estreia na sexta-feira, 14.

“A situação está muito complicada no Brasil. Temos a crise da saúde e a pandemia, a crise política e social. Estamos vivendo algo desafiador. Está difícil. Estamos seguindo o dia a dia, esperando que a coisa melhore”, afirmou o artista em entrevista à Agência Efe, demonstrando estar muito preocupado com a situação do coronavírus em seu país.

Santoro contracena com Jamie Foxx, Joseph Gordon-Levitt e Dominique Fishback, no filme Project Power, um thriller de ação que está chegando à Netflix. Dirigido por Henry Joost e Ariel Schulman (Nerve/2016)e ambientado em New Orleans, história gira em torno da disputas, dentro e fora da lei, para obter o controle de uma droga misteriosa que dá ao usuário poderes sobre-humanos por exatamente cinco minutos.

Um pai na pandemia

O Brasil esteve nas manchetes da imprensa mundial durante a pandemia pelas piores razões possíveis. Com mais de 3 milhões de pessoas infectadas e mais de 100 mil mortos. Segundo dados oficiais, o País é o segundo mais afetado do planeta, apenas atrás dos Estados Unidos.

No meio deste contexto complicado, Rodrigo Santoro disse que ele e sua família estão, felizmente, com boa saúde. “O que estamos tentando fazer é usar nosso tempo da melhor forma possível, respeitando tudo o que deve ser respeitado”, explicou.

“Eu tenho uma filha de três anos, então estou aprendendo a ser pai de uma forma muito, muito intensa”, comentou sobre Nina, a menina teve em 2017 com sua companheira e também atriz Mel Fronckowiak. Por outro lado, o ator exaltou o poder da cultura em momentos de confinamento e com grande parte da humanidade presa dentro de casa.

“Tenho estudado muito, tentando me conectar com arte: literatura, música, filmes, séries, tudo isso”, disse. “É muito importante reconhecer o valor da arte, especialmente em uma situação como esta”, acrescentou.

O rosto humano do vilão

Santoro não é um novato quando se trata de interpretar vilões no cinema. É impossível esquecer o seu imponente e extravagante Xerxes no épico sangrento de 300 (2006). Em Project Power, ele dá vida ao obscuro traficante chamado Biggie.

“Nunca consigo olhar para um personagem colocando-o em uma categoria: ‘É ruim ou é bom’. Eu procuro entender a função do personagem na história, mas meu trabalho é fazer uma pessoa, tenho que humanizar esse personagem. Se não, eu serei uma caricatura”, disse ele.

“Claro, os vilões fazem coisas ruins, eles escolhem caminhos tortos. E com isso vivem muitos conflitos. O conflito é uma das bases da drama e, claro, há muito com o que brincar “, acrescentou.

Além de trabalhar em estreita colaboração com os diretores para que seus personagens não fiquem superficiais e com o estereótipo habitual de criminoso, Santoro, que nos últimos anos tem se destacado pela sua participação na série Westworld, ressaltou que “humanizar um vilão” é um grande e emocionante desafio para um intérprete.

“São os mais difíceis de humanizar. A princípio, o espectador o vê e diz: ‘Eu odeio, não quero saber que é, não quero entender por que ele faz isso, eu não gosto’”, exemplificou.

“Então é um desafio muito maior. Se eu puder fazer com o espectador entende o personagem, conhecendo-o mesmo que não goste, mesmo que o odeie, mas o entenda, então meu trabalho está feito”, concluiu.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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