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Caixa Cultural traz exposição hiper-realista de Fábio Magalhães

Arquivo Geral

14/03/2018 7h00

Atualizada 13/03/2018 23h12

Divulgação

Beatriz Castilho
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É plástico e tripa, é foto e pintura. Entre o real e o imaginário, Fábio Magalhães explora o incompreensível. Em uma superfície plana e lisa, a imagem cria texturas. A inquietante dimensão criada pelo baiano na exposição Além do Visível, Aquém do Intangível coloca em xeque os limites de percepção da realidade com composições que desconstroem técnicas tradicionais de produção artística. Com características hiper-realistas, e produzidas durante 10 anos, a mostra entra hoje em cartaz, na Caixa Cultural.

“As imagens são produções que surgem das imaginações, alimentadas por experiências e reflexões sobre a condição humana e suas particularidades”, explica Magalhães, em entrevista ao JBr.

Funciona assim: Fábio idealiza uma “simulação do ato”, fotografa e materializa, com a pintura, a realidade fantasiosa que criou. O resultado é um universo visceral que, a partir da dúvida sobre sua veracidade, questiona a realidade do ser. Entre o vácuo do real e o imaginário, a solidão também é protagonista na exibição, e o artista completa: “não pretendo discutir sobre beleza na minha arte”.

A escolha do material para auxiliar a fotografia segue a ideia da exposição: a tinta faz o espectador questionar a natureza humana numa construção metafórica – em outras palavras, a pintura cria uma realidade subjetiva. “Utilizo óleo sobre tela. Contudo, as imagens que já se encontram nessa superfície [fotos que o artista usa como base] possuem qualidades pictóricas”, explica. Nos cenários criados pelo artista estão cabeças de animais, vísceras, sangue e objetos cortantes.

A construção da viagem para o Além do Visível conta com paleta de cores neutra, porém contrastante. Entre os tons de marrom de sua pele e vermelho do sangue, o cinza marca presença como fundo sólido para as cenas metafóricas. “As obras funcionam como um espelho para o outro. Quando uso meu corpo na pintura, considero essa imagem como uma espécie de avatar para o outro”, afirma.

Fábio Magalhães nasceu em 1982, em Tanque Novo, cidade baiana a 766 km de Salvador. Cursou a Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia. Aos 26 anos realizou sua primeira exposição de arte, na capital do estado, onde vive até hoje. Durante sua carreira artística, recebeu diversos prêmios, como o Funarte Arte Contemporânea, em 2010. Com apenas 10 anos de carreira, a realidade de Fábio é na arte.

Serviço:

Além do Visível, Aquém do Intangível

De hoje a 27 de maio. Na Galeria Vitrine da Caixa Cultural Brasília (Setor Bancário Sul). Visitação de terça-feira a domingo, das 9h às 21h. Entrada franca. Informações: 3206-9448. Não recomendado para menores de 14 anos.

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