Menu
Entretenimento

Apple lança relógio que mede oxigênio no sangue e aposta em planos de assinatura

Com destaque para um medidor de oxigênio no sangue, o dispositivo custará R$ 5.300 no Brasil

Redação Jornal de Brasília

15/09/2020 16h58

Foto: Banco de imagens

Paula Soprana
São Paulo, SP

Pela primeira vez desde 2012, o evento anual da Apple em setembro não teve plateia e lançamento de iPhone, o produto mais lucrativo da empresa. Em conferência virtual nesta terça-feira (15), Tim Cook, presidente da companhia, apresentou o Apple Watch Series 6, novo relógio, e o iPadIOS 14, da sede de Cupertino, na Califórnia.

Com destaque para um medidor de oxigênio no sangue, o dispositivo custará R$ 5.300 no Brasil.

Responsável por 50% da receita anual, o smartphone será apresentado no próximo mês devido a atrasos na cadeia de suprimento do produto, impactada pela crise de coronavírus que gerou atraso nas peças com origem na China.

A expectativa de vendas em torno do aparelho, que chega à 12ª versão, é alta no mercado, já que a empresa estreia na tecnologia 5G.

No evento desta tarde, que foi transmitido pela internet e mostrou porta-vozes em diferentes locais de Cupertino, com transições feitas por drone, a empresa mais valiosa do mundo apresentou a nova versão de seu relógio inteligente com relativo avanço de funções de saúde. O apelo para cuidados pessoais durante a pandemia de coronavírus foi destacado durante a apresentação de produtos.

Entre os novos recursos de maior destaque está o oxímetro, que verifica a presença de oxigênio no sangue por meio de uma luz infravermelha. Ela dialoga com um algoritmo de tecnologia avançada e realiza a medição em 15 segundos.

O dispositivo custa US$ 399 nos Estados Unidos. No Brasil, o preço é R$ 5.300 com alumínio e pulseira esportiva, que são mais simples. Há versões de titânio e aço inoxidável, que vão de R$ 8.500 a R$ 9.100.

O novo aparelho também detecta sons para auxiliar na lavagem de mãos por 20 segundos, tempo recomendado de higienização contra o coronavírus.

Conectado a aplicativo no celular, os dados de presença de oxigênio sanguíneo podem ficar armazenados na nuvem. Também é possível programar para a aferição de medição durante o sono.

Como em outros lançamentos, dados consentidos serão compartilhados com instituições parcerias de pesquisa que poderão desenvolver projetos na área de saúde.

O relógio tem chip A13 bionic, muito superior ao presente na antiga versão, e 2,5 vezes mais brilho em ambiente externo. Há, também, uma série de novas interfaces, muitas inspiradas em relógios clássicos e analógicos, e uma gama de fontes numéricas.

Acompanhando o comportamento de outras grandes empresas do setor, a Apple destacou o uso de itens recicláveis em seus dispositivos e pulseiras, com uma economia de emissão de carbono equivalente ao produzido por 50 mil carros em um ano.

Outros recursos inerentes a um relógio inteligente, como conexão com dispositivos de internet das coisas, que permite, por exemplo, acender a luz e ligar um som externo, foram aperfeiçoados, assim como o monitoramento de exercícios, batimentos cardíacos e streaming de música.

Um serviço lançado junto ao relógio é o Family Setup, que permite o acompanhamento de amigos ou familiares pelo relógio. Será possível que pais limitem o acesso dos filhos a determinados contatos e recebam atualizações de localização em tempo real. O serviço não está disponível no Brasil.

A versão mais barata do relógio é o Apple Whatch SE, com chip da geração passada e GPS, que custa R$ 3.799, sem o oxímetro. Já o S3, produto anterior, teve o preço reduzido a R$ 2.600.

Ao anunciar o novo iPad, a empresa alfinetou concorrentes, dizendo que a máquina é mais rápida do que o concorrente Windowns e seis vezes mais veloz do que um Chromebook, notebook da Samsung. Com o lápis, usuários poderão converter automaticamente manuscritos na tela por digitação. Esse aparelho sai por R$ 3.400.

Já o iPad Air, em várias cores claras (cinza, prateado, azul, ouro-rosa e verde), sai a partir de R$ 7.000. Uma das novidades é o aumento de velocidade de tráfego no USB e a dispensa de carregador.

Dez anos após o lançamento do primeiro iPad, Cook afirmou que a empresa vendeu mais de 500 milhões dispositivos do tipo no mundo. Dos atuais consumidores, 53% estão adquirindo o produto pela primeira vez. “Foi eleito o produto número 1 de satisfação por dez anos seguidos”, disse.

Planos de assinatura A Apple também anunciou planos de assinatura com diferentes serviços que vem desenvolvendo nos últimos anos. O Apple Fitness+, que oferece vídeos para atividade física e ferramentas para acompanhamento, custará US$ 10 por mês. Não estará disponível no Brasil.

Já um combo de iCloud, o serviço da nuvem, Apple Music, Apple TV+ e Arcade sai US$ 14,95. No Brasil, o plano individual é R$ 26,50 e o família, R$ 37,90.

Apesar das dificuldades da pandemia, a Apple, a mais valiosa entre as big techs, cotada em US$ 2 trilhões, lucrou US$ 11,25 bilhões no último trimestre, que considerou três meses de pandemia, uma alta de 12% ante o mesmo período de 2019.

A receita cresceu 11%, para US$ 59,7 bilhões, com aumento nas vendas de todos os produtos da companhia. O comércio de iPhone somou US$ 26,42 bilhões de abril a junho.

A receita de serviço, que inclui iCloud, App Store e Apple Music, subiu 14,8, e os usuários saltaram para 550 milhões, de acordo com o último balanço.

Após o evento, as ações da companhia tiveram queda de 0,07%, a US$ 115,27 (R$ 608,62).

As informações são da FolhaPress

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado