Vídeo: sob risco de desabamento, escola tem salas interditadas

Raphaella Sconetto
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No lugar de alunos e professor, escoras. Uma escola de São Sebastião está com duas salas de aula interditadas há uma semana porque corre risco de desabar. A denúncia partiu da direção do Sindicato dos Professores (Sinpro), que esteve no local e narrou a situação (vídeo abaixo). A Secretaria de Educação confirmou a situação, contou que os alunos foram transferidos de sala, mas garantiu que não há prejuízo no ensino.

Samuel Fernandes, diretor do Sinpro, contou em entrevista ao Jornal de Brasília que estudantes do Centro de Ensino Médio 1 tiveram de adaptar outros espaços da escola para poderem assistir às aulas desde sexta-feira passada (31). A escola funciona nos três turnos – matutino, vespertino e noturno. Ao todo, são mais de mil alunos e a estimativa é de que pelo menos 240 estudantes estejam prejudicados.

“As salas estão interditadas. Não entra ninguém. Os alunos que perceberam o afastamento das placas do teto e comunicaram os professores e a direção. Nas fotos dá para ver a diferença no nível do teto, além de trincas e rachaduras na parede”, conta. “Uma turma está na sala que era de leitura. Precisaram adaptar, já que o espaço não era para aula”, completa.

Para Fernandes, toda a escola precisa de reforma. “É uma escola antiga, que precisa ser reconstruída. A situação é grave e o risco de desabar realmente existe. Por isso, é preciso que ela seja vistoriada para ver se há outros pontos graves”, comenta. Ele conta que professores estão preocupados com a estrutura física da instituição.

No entanto, o diretor ressalta que a situação é parecida em toda a rede. “Não é um caso isolado. Várias escolas do DF, em diversas regionais de ensino, estão nessa mesma situação. Há casos de escolas que eram para ser provisórias, mas funcionam há 20, 30 anos”, critica. Ele cita exemplo da Escola Classe 59 e Centro de Ensino Médio 10 de Ceilândia, Escola Classe 425 de Samambaia e Escola Classe 52 de Taguatinga.

Versão oficial

Em nota, a Secretaria de Educação do DF confirmou que as salas foram interditadas na última sexta-feira (31). “Os alunos foram remanejados para outras salas, sem prejuízo do ensino”, apontou. A pasta esclareceu que a reforma será realizada pela empresa prestadora de serviços de manutenção da Coordenação Regional de Ensino de São Sebastião. Questionada, a secretaria disse ainda que o Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf) da instituição não consta pendências, porém, para este tipo de reparo a escola não utiliza esse recurso.