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Brasília

VEP desarquiva processo do assassinato de Neusa Maria, mãe do assassino confesso de Bernardo

Encerrado em 2004, caso foi reaberto em meio às investigações da morte da criança, cujo pai confessou ter se livrado do corpo no estado da Bahia.

Redação Jornal de Brasília

06/12/2019 19h22

Foto: Reprodução

Olavo David Neto
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27 anos depois, Neusa Maria assassinada pelo filho, Paulo Roberto de Caldas Osório, volta à pauta na Justiça brasiliense. Isto porque o processo, arquivado em 13 de abril de 2004, dois anos após a libertação do homem – que, já em 2019, confessou ter matado o filho Bernardo, de 1 ano e 11 meses -, foi desarquivada a pedido da Vara de Execuções Penais.

Durante a semana, o mesmo Tribunal do Júri responsável pela condenação de Paulo no início dos anos 1990 realizou audiência de custódia com o réu confesso, e a prisão em flagrante do pai de Bernardo foi convertida em prisão preventiva, inclusive com a negação de transferência da Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP), a carceragem da Polícia Civil (PCDF).
Tido por laudo psicológico como psicopata, Paulo cumpriu pena até 2002 na ala psiquiátrica do Complexo Penitenciário da Papuda. Não há informações sobre o interesse da VEP no assunto, mas fontes do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) especulam que os relatórios de saúde mental do então detendo serão analisados em face do suposto segundo homicídio de Paulo.

Corpo encontrado, mas família não reconhece

Na manhã desta sexta (6), a Polícia Civil localizou o corpo de uma criança já em avançado estágio de decomposição às margens da BR-242, rodovia que liga Brasília à Bahia, na altura do município de Palmeias, já em território baiano. O estado do cadáver não permitiu que houvesse confirmação imediata de que se tratava de Bernardo. Familiares da criança estão na cidade de Itaberaba (BA), onde o Departamento de Polícia Técnica (DPT) analisa os restos mortais.

Apesar de não haver reconhecimento, a cadeirinha encontrada próxima ao corpo foi identificada como da criança, além de um cordão geralmente usado por ele e as roupas – camisa branca e bermuda listrada – que coincide com as vestimentas de quando o menino foi visto pela última vez, ainda no Distrito Federal, conforme vídeo obtido com exclusividade pelo Jornal de Brasília.

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