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Brasília

Vandalismo: escola do Recanto das Emas é atacada 4 vezes em 7 dias

Arquivo Geral

09/03/2018 14h05

Foto: Breno Esaki/Jornal de Brasília

Matheus Venzi
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Vandalismo no Recanto das Emas. O Centro de Centro de Educação Infantil (CEI) 304 foi invadido novamente por vândalos, que arrombaram o depósito e usaram os materiais para depredar toda a escola. Este foi o quarto arrombamento em apenas sete dias. O motivo da ação dos criminosos seria impor respeito na comunidade. Por causa do ataque, as aulas foram suspensas nesta sexta-feira (9) e aproximadamente 500 crianças de até 4 anos ficaram prejudicadas.

A diretora da unidade, Eneida Pessoa, lamenta o acontecimento. “Nada foi roubado, foi um ato de puro vandalismo. Não consigo entender porque fizeram isso. Tivemos aulas normalmente ontem e à tarde eu saí para uma reunião, quando estava indo embora no início da noite recebi a ligação de que a escola estava aberta”, diz. Um vigilante, que estava de folga, passou por perto do local, viu que estava aberto e ligou para a gestora.

Foto: Breno Esaki/Jornal de Brasília

Os suspeitos pularam o alambrado e quebraram o cadeado que dá acesso à escola. Depois, arrombaram uma das portas laterais e adentraram no pátio. “Eles conseguiram arrombar o depósito e tiveram acesso aos materiais. Tintas, Glitter, canudos, agendas, apostias e muitas outras coisas”, relata Eneida. Todos esses itens foram depredados e espalhados por toda o pátio do CEI 304.

Várias pichações e mensagens também foram deixadas pelos criminosos. Frases como “Respeita o Ladrão” e “Eu avisei que ia voltar” foram escritas na parede com as tintas do depósito. Algumas das mensagens tinham a assinatura: “Menor 33”. Também foi encontrada uma pichação com os números 1533.

De acordo com o policial civil aposentado, Marcelo Ferreira, os autores do vandalismo provavelmente seriam menores de idade. Tudo foi feito para impor respeito na comunidade, segundo ele. “Esses atos de vandalismo, mensagens e pichações são usadas pelos criminosos para marcar território ou mandar um recado. Querem mostrar que podem fazer isso a qualquer hora”, destaca.

Foto: Breno Esaki/Jornal de Brasília

As mensagens faziam alusão ao tráfico de drogas, já que 33 é o número do artigo do código penal referente a esse crime, e a uma facção criminosa, o Primeiro Comando da Capital (PCC). “Esse número [1533] faz uma alusão ao PCC. O 15 representa a letra P e o 3 representa a letra C. Não acredito que eles sejam membros da organização, mas sim simpatizantes”, explica.

A perícia já foi acionada e irá até o local do crime. O caso ficará sob a responsabilidade da 27ª Delegacia de Polícia. De acordo com a diretora, a previsão é que as aulas voltem normalmente na segunda-feira (12).

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