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Brasília

Valparaíso: candidatos acusados de crime eleitoral

Pábio Mossoró (MDB) e Lêda Borges (PSDB) disputam o cargo de prefeito

Olavo David Neto

28/10/2020 6h41

Pábio Mossoró, candidato a prefeito de Valparaíso

No espaço de uma semana, as duas principais candidaturas à prefeitura de Valparaíso foram acusadas de crimes eleitorais. A primeira, registrada e em análise de um tribunal, foi apresentada pela coligação “Pra Frente Valparaíso”, que busca a reeleição do prefeito Pábio Mossoró (MDB), e argumenta que a principal candidata de oposição, Lêda Borges (PSDB), fraudou uma pesquisa de intenções de votos no Entorno do Distrito Federal. A outra, apresentada pelo jornal Opção do Entorno, acusa o atual gestor de utilizar a máquina pública para a campanha.

Na última quarta-feira (21), o Instituto Pódium divulgou levantamento realizado com 492 eleitores da cidade entre 16 e 17 de outubro. Segundo a divulgação, a tucana liderava a corrida para o Executivo municipal com 41,5% das intenções de voto, contra 20% do atual prefeito. O Jornal de Brasília citou a pesquisa na semana passada, em matéria sobre a corrida eleitoral em Valparaíso. O levantamento, entretanto, foi alvo de denúncia por parte da campanha de Mossoró.

Na sexta-feira (23), o comitê emedebista protocolou petição solicitando acesso aos dados da pesquisa realizada pelo Instituto Pódium. O argumento é que a empresa, fundada em 2004, apenas em junho de 2020 alterou sua situação cadastral. É ainda destacado pelos reclamantes que Andrea Rosa de Oliveira é funcionária da Assembleia Legislativa de Goiás, onde atua a deputada Lêda Borges.

O Instituto Pódium contratou a si próprio para realizar a pesquisa, que praticamente inverteu as estatísticas de um estudo realizado em julho pelo Real Time Big Data, no qual Mossoró liderava com 36% das intenções de voto contra 20% de Lêda na pesquisa estimulada, quando nomes de candidatos são apresentados. Por meio de nota, a deputada negou envolvimento. “A pesquisa não foi encomendada por nós e nem a ação é contra a nossa coligação”, diz o texto.

Além disso, a candidata relativiza os questionamentos levantados contra o instituto. “Não existe condenação ou questionamento do resultado da pesquisa, apenas existe uma decisão determinando o acesso dos métodos e dados”, informa o comunicado. Coordenador da campanha de Pábio, Roberto Martins comentou ao JBr. que o Instituto Pódium confundiu o comitê da coligação.

Quando do recebimento dos números, houve um momento de paralisia. “Nos causou estranheza essa pesquisa divulgada por ela”, diz. “Não havia pesquisa ocorrendo na cidade, não se tinha notícia de levantamento algum”, garante. Para ele, os 17 dias restantes para o pleito são suficientes para reverter possíveis danos ao candidato do MDB. “Dá tempo, sim, pela realidade que a gente vive agora. Em dois dias a gente leva essa mensagem aos eleitores”, confia Martins.

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