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Brasília

Urgente: Crescimento de casos da Covid-19 no DF está abaixo do previsto

Medidas de distanciamento social adotadas precocemente são apontadas como determinantes

Redação Jornal de Brasília

06/04/2020 20h35

Medical equipment used to treat a COVID-19 coronavirus patient is seen at a hospital in Wuhan, in China’s central Hubei province on March 19, 2020. – China on March 19 reported no new domestic cases of the coronavirus for the first time since it started recording them in January, but recorded a spike in infections from abroad. (Photo by STR / AFP) / China OUT

Os gestores da saúde do Distrito Federal acalmaram a população quanto ao crescimento de casos de coronavírus no território. Em coletiva nesta segunda-feira (06), o secretário afirmou que a pasta está trabalhando para manter a curva abaixo das projeções iniciais tanto com a educação da população nas medidas de prevenção quanto na adequação da rede para o atendimento dos casos da Covid-19.

Também em coletiva, na última semana, o Ministério da Saúde havia declarado que os estados do Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas e o DF fez um alerta sobre o risco maior de crescimento descontrolado do número de doentes pelo novo coronavírus nas próximas semanas, o que provocou insegurança na população. Logo, o Secretário de Saúde se preocupou em tranquilizar a todos de que essa informação não procede e que aguarda pelo apoio da pasta nas ações locais.

“O Ministério da Saúde deveria se preocupar em ajudar os estados. Dentre eles ajudar aqui o Distrito Federal. Tudo o que encaminhamos à pasta não foi atendido. Solicitamos a habilitação de 318 leitos de Unidade de Terapia Intensiva e até agora não foi habilitado nenhum”, reclamou o gestor.

Quando a doença foi detectada no DF, no final do mês de fevereiro, havia uma perspectiva de que nas primeiras semanas de abril poderia ser confirmados até mil casos de Covid-19. No entanto, o último boletim informa 468 casos confirmados da doença e sete óbitos. O subsecretário de Vigilância à Saúde, Eduardo Hage, explica que esta previsão estava baseada em parâmetros que forma observados na China, na Itália e outros países que adotaram as medidas de isolamento social posteriormente, diferente do que aconteceu em Brasília.

Hage, que é médico sanitarista, também questiona a informação divulgada pelo ministério. “Primeiro é uma questão de termo. Esse termo não há registro na literatura que o sustente. Segundo que do ponto de vista da comunicação de risco à população não traduz a dimensão do que é realizado aqui no DF ou outros estados”, revela o especialista.

De acordo com o secretário, Francisco Araújo, a rede pública do DF está prepara com 4.383 leitos, sendo que 554 são de UTI. Destes, 73 leitos estão reservados para pacientes diagnosticados com a Covid-19. Outros 349 leitos de retaguarda estão previstos para o tratamento à doença e 133 leitos foram credenciados com a rede privada. “Estamos correndo para montar leito de UTI com suporte respiratório, para dar conta da rede, para manter a população assistida”, concluiu.

Isolamento

Os gestores voltaram a enfatizar a necessidade de se cumprir as orientações de isolamento e distanciamento social. “É fundamental evitar aglomeração, fundamental o isolamento social, sob o risco de que venha haver o crescimento acelerado. Aqueles que descumprem ou que propagam o contrário estão agindo de forma irresponsável. Quem defende esse tipo de comportamento não tem base científica”, alertou o subsecretário. 

Leitos

O diretor presidente do Instituto de Gestão e Estratégia em Saúde (IGES), Sergio Costa, anunciou a entrega de novos leitos de UTI no Hospital de Santa Maria com foco no tratamento de pacientes com a Covid-19. “Hoje pela manhã foram entregues 40 leitos no Hospital de Santa Maria. Ainda no curso desta semana nós vamos entregar mais 26 leitos de UTI e os leitos de retaguarda. E nós temos a projeção de chegar a 120 leitos de UTI no Hospital de Santa Maria”.

Na oportunidade, o gestor esclareceu que a utilização dos leitos do Hospital de Base se dará dentro da especificidade de atendimento desta unidade. Por exemplo, um paciente vítima de trauma que ingressar na unidade e também estiver contaminado por coronavírus será tratado naquele local.

Testagem no DF

também vem se destacando pela celeridade nos diagnósticos laboratoriais. Não há registro de fila de espera para os testes. A capacidade do Laboratório Central foi ampliada passando de 100 amostras por dia para 360 por dia. O aumento da capacidade é o resultado da parceria firmada com a Universidade de Brasília, que enviou equipamentos ao Lacen e profissionais para auxiliar no trabalho, bem como ao funcionamento 24 horas.

Farmácia de alto custo

Teve início na última sexta-feira (03) a fase de testes para entrega de medicamentos da farmácia de alto custo na casa dos pacientes. Para a realização deste trabalho foi firmado um convênio com o Banco Regional de Brasília para execução do serviço. Para evitar que pacientes necessitem sair muitas vezes às ruas para buscar medicamentos foi ampliado o prazo de vencimento das receitas médicas para 60 dias, além de abrir a possibilidade para cadastrar até 5 pessoas para a retirada dos medicamentos para evitar a contaminação da população de maior risco.

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