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Brasília

UPAs recebem estrutura especial para atender pacientes com dengue

Unidades foram erguidas, inicialmente, nas UPAs de Ceilândia e Sobradinho, para fazer frente a um possível aumento de casos nesta época do ano

Redação Jornal de Brasília

17/02/2020 16h56

Foto: Davidyson Damasceno/IGESDF

Duas estruturas especiais foram montadas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) para atender pacientes com suspeita de dengue nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Ceilândia e Sobradinho. 

As  duas estruturas foram erguidas em 48 horas, durante o fim de semana, e a previsão é de que mais cinco sejam colocadas nas UPAs de São Sebastião, Núcleo Bandeirante, Samambaia e Recanto das Emas, bem como no Hospital  Regional de Santa Maria (HRSM). 

O anúncio foi feito pelo o diretor-presidente do IGESDF, Francisco Araújo, durante coletiva de imprensa, nesta segunda-feira (17). Segundo ele, a iniciativa é uma medida de precaução frente ao possível aumento de casos nesta época do ano. “As tendas são mini-hospitais que contam com macas, consultório e a equipe de saúde atendendo. Funciona nos moldes das UPAs, em um espaço bem estruturado com ar condicionado”, ressaltou.

O gestor esclareceu que a colocação das estruturas foi feita na perspectiva da prevenção para dar mais segurança à população. “As tendas são mais um aporte dentro do contexto da rede de saúde, porque a Secretaria de Saúde também conta com salas de hidratação em alguns hospitais e outras áreas do governo, no que diz respeito à prevenção, faz a limpeza de rua para evitar água parada e a proliferação do mosquito”, disse.

Serviço

Com cerca de 50 metros quadrados, as estruturas contam com sala de triagem, consultório médico, 10 leitos de hidratação venosa e sistema de ar condicionado. No local, é possível fazer o diagnóstico clínico, teste rápido e teste laboratorial processado no laboratório das UPAs, bem como o tratamento com hidratação venosa.

Cada tenda conta com quatro médicos, seis técnicos de enfermagem, três enfermeiros, três técnicos de laboratório, três analistas de laboratório, três auxiliares de atendimento e dois auxiliares de serviços gerais para fazer a limpeza.

Essas estruturas especiais funcionarão das 7h até às 19h, todos os dias e, se necessário, passarão a funcionar 24h por dia.

Foto: Davidyson Damasceno/IGESDF

Sintomas da dengue

Dengue é uma doença febril grave transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que precisa de água parada para se proliferar.

O período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada, mas é importante manter a higiene e evitar água parada todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano até encontrar as melhores condições para se desenvolver. Os principais sintomas da dengue são:

  • Febre alta, acima de 38,5ºC
  • Dores musculares intensas
  • Dor ao movimentar os olhos
  • Mal estar
  • Falta de apetite
  • Dor de cabeça
  • Manchas vermelhas no corpo

Como proceder

Ao sentir os primeiros sintomas da dengue, o paciente deve procurar a UBS mais próxima da sua residência. Lá, será feita uma avaliação e, caso se confirme, a pessoa será encaminhada para o tratamento adequado nas estruturas especiais do IGESDF ou unidade hospitalar mais próxima.

Dados

Segundo o Boletim Epidemiológico nº 4 de 2020 da Secretaria de Saúde, o Distrito Federal registrou 1.419 casos prováveis de dengue nas primeiras semanas de janeiro deste ano. Um caso evoluiu para óbito. Do total de casos, 91,33% são moradores do Distrito Federal. As crianças menores de um ano de idade e as pessoas com mais e 50 anos foram as mais atingidas pela doença.

Combate ao Aedes

O engajamento da população é fundamental no combate ao Aedes aegypti. A principal forma de se prevenir contra as doenças transmitidas pelo mosquito é manter o monitoramento constante nas residências, sempre buscando evitar água parada e a proliferação do inseto. Confira algumas dicas:

  • mantenha caixas d’água, tonéis e barris de água tampados;
  • mantenha garrafas de vidro ou plástico sempre com a boca para baixo;
  • encha os pratinhos ou vasos de planta com areia até a borda;
  • limpe as calhas com frequência, evitando que galhos e folhas impeçam a passagem da água;
  • em caso de identificação de focos do mosquito, acione a Vigilância Ambiental pelo telefone 160.

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