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Brasília

Unidades básicas utilizam painel de dados para estratégias de combate à covid-19

Apesar de usarem a mesma base, o painel de cada unidade tem suas diferenças, conforme a necessidade de cada local

Redação Jornal de Brasília

28/08/2020 15h10

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A pandemia do coronavírus tem se mostrado um grande desafio para a humanidade, mas também tem despertado a necessidade de inovações tecnológicas em várias frentes, o que tem refletido também na saúde pública. Na Região de Saúde Leste, as Unidades Básicas de Saúde 3, do Paranoá Parque, e a UBS 1 do Itapoã estão utilizando uma plataforma indicada pela Organização Mundial da Saúde para estudo de dados, e outro aplicativo gratuito do Google.

Apesar de usarem a mesma base, o painel de cada unidade tem suas diferenças, conforme a necessidade de cada local. “O Painel Epidemiológico dos casos de Covid-19 tem como principal função conhecer o perfil dos pacientes que procuram a UBS 1 do Itapoã com sintomas gripais e, com isso, pensar em estratégias que melhorem os fluxos internos e os processos de trabalho a fim de melhorar a eficiência no nosso atendimento”, simplifica a gerente da unidade Thaís Fonseca Lima.

A gestora destaca como uma das principais características do painel da sua unidade o mapa de calor que ele apresenta, indicando os locais onde há mais casos. “Outro ponto é saber como está o contágio de nossos servidores e tentar minimizar os efeitos dos afastamentos na assistência pois sabemos que aquele servidor ficará tantos dias afastados”, indica Thaís.

A atualização dos dados é semanal, exceto dos servidores que é atualizado sempre que há um novo afastamento ou recuperação. O painel apresenta, ainda, o monitoramento do consumo dos testes sorológico e PCR, com a memória do consumo desses insumos, permitindo a solicitação apenas do necessário para atender a demanda dessa UBS.

“Os dados estatísticos são de extrema importância para qualquer organização, sabendo sua demanda, de onde ela vem, a quantidade atendida, as queixas mais comuns de determinada área e a doença que necessita de acompanhamento por exemplo, podemos traçar estratégias para tentar minimizar os problemas da população, perceber o perfil de nossa comunidade e traçar uma estratégia assistencial fazendo grupos, por exemplo”, finaliza a gestora.
Paranoá

No caso da unidade do Paranoá, a gerente de Serviços da Atenção Primária, Mariana Alencar Sales, conta que, desde o início da pandemia é realizado o monitoramento diário dos casos suspeitos e confirmados da Covid-19. “O acompanhamento desses dados é de grande importância para a compreensão do cenário epidemiológico do nosso território e para a organização das ações de cuidado. A elaboração de um painel ajuda na visualização destas informações. É uma forma mais agradável de se relacionar com esses dados do que, por exemplo, as tabelas”, justifica a gestora. Os responsáveis pela consolidação semanal dos dados são dois residentes de Gestão em Saúde, da Fiocruz.

A fim de conscientizar a comunidade, os profissionais daquela unidade buscaram aproximação dos síndicos dos condomínios locais, inicialmente divulgando os dados e discutindo estratégias de cuidados coletivos. Com a criação do painel, essa atualização dos casos suspeitos e confirmados ficou mais fácil.

“O painel interativo possibilita maior dinamicidade na apresentação das informações e ajuda na divulgação dos dados para as equipes pois podemos divulgar apenas o link no qual está hospedado e todos podem acessar de forma mais rápida. É mais atrativo também para as equipes pois podemos ver os dados gerais da Unidade de Saúde ou os dados referentes aos atendimentos dos usuários daquela equipe, bastando clicar no gráfico”, explica Mariana.

Para chegar até o painel, os dados dos casos suspeitos e confirmados, e seus respectivos contatos, são lançados no Go.Data. As equipes dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) e Odontologia fazem monitoramento diário usando o sistema da OMS. A partir desses sistema, os dados são extraídos para consolidar e fazer o painel interativo no Data.Studio, do Google.

Plataforma

Em sua página, a Organização Mundial da Saúde descreve a plataforma da seguinte maneira: “Desenvolvida para investigadores de surtos e epidemiologistas, a Go.Data é uma ferramenta fácil de usar para o acompanhamento de casos e contatos e a visualização da transmissão de doenças, que pode ajudar os profissionais de coleta de dados a escolher as intervenções certas para impedir a propagação de uma doença”, informa a OMS (tradução livre).

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