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Brasília

Triplo homicídio em Águas Lindas: há suspeita de estupro e mortes por tesouradas e facadas

Arquivo Geral

12/03/2018 10h31

PCDF/Divulgação

João Paulo Mariano
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A polícia investiga quem teria sido o autor do triplo homicídio do Jardim Guaíra, em Águas Lindas (GO). Uma mãe e seus dois filhos, um de 6 e outra de 4 anos, foram encontrados dentro da casa em que moravam na manhã desse domingo (11). Não havia sinal de arrombamento, nem briga na residência. O principal suspeito foi preso ainda na manhã de ontem. Ele é um ex-namorado da vítima e foi o último a ter contato com ela. O crime chocou familiares e população.

O delegado responsável pela investigação, Cléber Martins, acredita que as mortes ocorreram na madrugada da última sexta-feira, logo após a saída de Suzete dos Santos Miranda, 32, da casa da irmã, em outro bairro de Águas Lindas, com os dois filhos, João Vitor, 6, e Joice, 4. Quem os conduziu para a residência na quadra 40, do bairro Jardim Guaíra, foi o suspeito. Depois, nenhum outro familiar conseguiu contato com os três.

O cunhado da vítima, que se identificou apenas como Edvaldo, lembra que Suzete tinha pedido à irmã, esposa dele, para ficar com a filha mais nova durante a sexta porque teria que levar o mais velho ao médico em Brasília.

O menino não conseguia ter desenvolvimento físico e, por isso, desde tenra idade, recebia acompanhamento de especialistas. Porém, na sexta pela manhã, ninguém a apareceu.

Cena de terror

Como não obtinha notícias da cunhada desde a sexta, o cunhado resolveu ir à casa onde os corpos foram encontrados. O lote, que é de posse de Edvaldo, tem duas residências, uma na frente, onde Suzete morava, e outra nos fundos, que está vazia. A mulher dele já tinha ido na casa tanto na sexta quanto no sábado, mas não conseguiu conversar com ninguém. Dessa vez, o homem percebeu algo diferente.

“Quando senti o mau cheiro, eu sabia que tinha alguma coisa errada. Fui para os fundos e consegui abrir a porta. Já vi o corpo do menino caído e coberto com um lençol. Só a mão de fora. Havia sangue no local”, afirma. O homem foi até o quarto e viu o corpo da cunhada estirado na cama, apenas de camiseta. Ao lado, no chão, estava a menina de quatro anos, em posição fetal e com a cabeça embaixo da cama. Ela também estava sem a parte de cima da roupa.

Justiça

Agora, a família de Suzete quer justiça. O cunhado Edvaldo conhecia o suspeito e diz que, se for ele, o homem tem que pagar com a justiça dos homens ou com a de Deus. “A Suzete era alegre, tranquila e nunca tinha reclamado de nenhuma agressão”, diz Edvaldo. Tanto ele, como a esposa, estiveram na delegacia para prestar depoimento. A irmã da vítima e tia das crianças estava muito abalada e não quis conversar com JBr. .

Há suspeita de estupro

“Não há a menor possibilidade de latrocínio. Esse pode ter sido um feminicídio, seguido de outros assassinatos ou três homicídios. Toda a casa estava em ordem e tudo trancado. Quem fez isso conhecia as vítimas”, cravou o delegado titular do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH), Cléber Martins.

Ele explica que, por isso, o cozinheiro que foi detido pela Polícia Militar do município é o principal suspeito. O homem tinha acesso a casa há algum tempo. Apesar de ele ser casado, o homem teve um relacionamento com Suzete. Depois de um tempo, eles terminaram, porém não teria sido o suficiente para fazer com que os encontros acabassem.

A identidade dele ainda é preservada devido a falta de confissão. De acordo com o sargento Félix, da PMGO, ele é um cozinheiro e foi preso em um bar na região onde tudo ocorreu. O suspeito estava bêbado e sob efeito de alguma droga. Assim, durante todo o momento, ele não esboçou reação quando o interpelaram a respeito do crime, mesmo ao ver as fotos dos corpos.

O cunhado Edvaldo conhecia o suspeito e diz que se for ele, o homem tem que pagar com a justiça dos homens ou com a de Deus.

O delegado Cléber Martins acredita que a morte tenha ocorrido por golpes de tesoura e facadas, mas ainda não sabia afirmar se houve estupro, já duas vítimas foram encontradas sem roupas.

“Foi de uma crueldade latente”, relata o investigador, que tem certeza que em breve vai entregar o resultado das apurações para a sociedade.

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