Da Redação
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Nesta terça-feira (5) começam os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito que vai investigar os feminicídios e a rede de serviços disponíveis para as mulheres do Distrito Federal. O encontro será a partir de 15h, no Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Serão definidos, na primeira reunião, os cargos de presidente, vice e relator.
Mobilização de mulheres e da oposição na CLDF resultou na instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito, depois de mais de 40 dias de espera. Como a composição inicial não continha mulheres e pouco espaço para a oposição, o bloco Democracia e Resistência (PT/PSOL) se uniu aos coletivos da cidade para cobrar novas indicações e a instalação imediata da CPI, que foi idealizada pelos deputados Distritais Arlete Sampaio (PT) e Fábio Felix (PSOL).
Os trabalhos devem ir até abril de 2020, com duração de 180 dias prorrogáveis por igual período. Segundo Fábio Felix, deputado Distrital, o objetivo da CPI é “investigar o que o Poder Público está fazendo, como andam as investigações de feminicídio no DF, além de ouvir mulheres e especialistas para propor alternativas de enfrentamento do fenômeno”. A meta é que, ao fim dos trabalhos, a CPI entregue um relatório produtivo e que apresente propostas eficazes para o fortalecimento da rede de proteção de vítimas de violência.
A deputada distrital e ex vice-governadora do DF, Arlete Sampaio, reforça que o objetivo da CPI é tentar destrinchar as razões pelas quais tantas mulheres são mortas no DF. “Precisamos conhecer essa realidade para propor ao Poder Executivo, ao Judiciário e à CLDF ações para inibir essas ações”.
Composição da CPI do Feminicídio
Membros titulares
- Arlete Sampaio (PT)
- Fábio Felix (PSOL)
- Telma Rufino (Pros)
- Cláudio Abrantes (PDT)
- O deputado Hermeto pediu afastamento e será substituído pelo suplente Eduardo Pedrosa (PTC)
Suplentes
- Roosevelt Vilela (PSB)
- Chico Vigilante (PT)
- Martins Machado (PRB)
- Leandro Grass (REDE)