Willian Matos
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A tigresa-de-bengala-branca Maya, que vivia no Zoológico de Brasília, morreu na noite de domingo (6). Ela não resistiu a uma cirurgia de reparo do trajeto intestinal e veio a óbito. Maya, que tinha 10 anos, sofria de uma infecção no útero, descoberta no dia 12 de setembro.
Segundo o Zoológico, Maya vinha sendo acompanhada por oito veterinários e especialistas 24 horas por dia, por conta de vários procedimentos após a detecção da infecção uterina. A tigresa lutou por 17 dias até vir a falecer.
O quadro era, de fato, delicado. Desde a descoberta da infecção, Maya passou por uma cirurgia de retirada de útero e ovários no dia 14 de setembro. Cinco dias depois, porém, ela sofreu um rompimento das suturas abdominais e as vísceras acabaram saindo pela abertura da incisão. Foi realizada, então, nova intervenção para remover o tecido necrosado e interligar os pontos, mas eles se romperam novamente.
Uma nota de pesar foi divulgada pelo Zoo, por meio de redes sociais. “O momento é de profundo luto. Um sentimento de que perdemos um membro da nossa família. No Zoo de Brasília eles tinham uma vida e cuidados que, infelizmente, são uma raridade para a maioria da sua espécie no mundo atual”, lamenta o órgão.
Maya parte uma semana depois da morte do irmão Dandy, o tigre-de-bengala-branca falecido no último domingo (29). Ele sofria de insuficiência renal, mas segundo o Zoológico, a doença não foi determinante para o óbito, classificado como fatalidade pelo médico veterinário Rodrigo Rabelo, que acompanhava o animal.
Espécie em risco
O tigre-de-bengala-branca corre risco de extinção por conta de mudanças climáticas e aumento do nível do ar. A demanda do mercado ilegal também é altamente prejudicial à espécie, como explica o Zoológico na nota.
“Estima-se que existam menos de 4.000 tigres nas florestas da Ásia, e de acordo com um relatório do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), mais de 100 destes felinos magníficos são mortos a cada ano. Eles estão sendo exterminados pela destruição do habitat e a demanda insana por suas peles e seus ossos para abastecer o mercado ilegal. Uma subespécie, o tigre-do-sul-da-China, conta com apenas 70 indivíduos. Todos mantidos em zoológicos.”
Veja a nota na íntegra:
https://www.facebook.com/zoobrasilia/posts/1460256914112046