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Brasília

Terceiro dia de Carnaval brasiliense teve diversão na rua e muita oração

Arquivo Geral

13/02/2018 7h00

Foto: Myke Sena

Gabriel Lima e Matheus Venzi
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A véspera do feriado de Carnaval foi animada para os foliões. Espalhados pelas ruas de Brasília, diversos bloquinhos eram pura animação no terceiro dia de folia. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, o Galinho foi o que recebeu o maior público: aproximadamente 30 mil pessoas. Tradicional na capital federal, com 16 anos, o bloco se concentrou no Setor de Autarquias Sul.

Já o Divinas Tetas, no Setor Comercial Norte, contou com cerca de 20 mil pessoas. Em Taguatinga, o bloco “Mamãe Taguá” e “Asé Dudu” reuniu cerca de 3 mil pessoas. Os blocos “Aparelhinho”, “Gaga vião” e o “Bloco do Quadrado” tiveram pouca movimentação, de acordo com o segundo Balanço de Carnaval da PMDF.

Armas brancas

A Polícia Militar teve trabalho no Galinho. Em alguns momentos da festa foram encontradas armas brancas. Ao todo foram 10 objetos recolhidos. A polícia também apreendeu um cachimbo utilizado para o consumo de drogas. Seis pessoas foram detidas, entre elas um adolescente de 17 anos. Ainda no Galinho outras seis pessoas foram detidas por portarem substância entorpecente.

Mais no fim da noite, também no Galinho, um cadeirante foi preso portando uma arma calibre .38 com cinco munições embaixo da perna. Os militares chegaram até o suspeito após receberem uma denúncia. Ele também foi encaminhado para a 1ª DP.

Folia regada a muito fé e oração

Na intenção de aproveitar o feriado de Carnaval de uma maneira diferente da tradicional, católicos e evangélicos têm dois eventos para renovar a fé. A 32ª edição do Rebanhão, no ginásio Nilson Nelson, e o 35º Congresso de Jovens da União de Mocidades da Assembleia de Deus de Brasília (Umadeb), no pavilhão do Parque da cidade, devem reunir aproximadamente 80 mil pessoas de sábado até hoje. As duas programações têm entrada franca.

Foto: Kleber Lima

Há mais de 20 anos, Ivonildes Amaral Santos de Castro, de 55 anos, comparece ao Rebanhão. Para ela, as pregações são a parte mais atrativa. “Para mim é muito importante, porque as pessoas só pensam nas coisas do mundo e esquecem das coisas de Deus”, acredita. A mulher afirma que a comemoração faz com que as pessoas possam preencher um “vazio” interior.

Já o cabeleireiro Jhonatan Valente, de 30 anos, levou a sua esposa Ângela, de 31, e os filhos Francisco, de 3, Ana Maria, de 2, para conhecerem o Rebanhão. “Minha mãe me trouxe muito novo, assim como estou fazendo com eles (filhos). Esses carnavais de hoje em dia só tem briga, morte e violência”, comenta. Ele afirmou que já curtiu o carnaval tradicional durante a juventude, mas garante que a folia foi substituída pela fé em Deus.

Os católicos que comemoram o Carnaval no Rebanhão têm programação com muito louvor, oração, missas e músicas sacras. De acordo com um dos organizadores, Frank Ney Sousa, o evento é voltado para todas as idades. “Qualquer um pode vir, de 0 à 100 anos”, brinca. Frank participa do Rebanhão desde 1996. Hoje, o cardeal Dom Sérgio da Rocha faz a missa de encerramento do evento.
Pela juventude
Os evangélicos também aproveitam o feriado de uma maneira religiosa. O Congresso da Umadeb tem palestras, músicas e pregações. “É um trabalho voltado para a juventude. Muitos jovens hoje em dia estão sem rumo e aqui eles podem encontrar um caminho”, diz Roberto Xavier, integrante da diretoria. Segundo ele, o evento já ultrapassou as barreiras do Distrito Federal e entorno e atrai pessoas de todas as regiões do País.

É o caso da artesã Maria Aurineides, de 55 anos, que percorreu quase 500 quilômetros de Arraias (TO) para prestigiar a comemoração na capital. “Fico maravilhada quando chega a época do Congresso. Chamo muitos jovens da minha cidade para vir”, conta. Ela acredita que sairá do pavilhão do Parque com a fé renovada.

“Estamos aqui para buscar Deus. Nesse período tem muita gente na rua fazendo loucura. Buscamos alimentar o nosso espírito”, diz o servidor público Diego Honorato, de 34 anos. Ontem, ele esteve no evento com a esposa Raquel, de 34, a sogra Dulcinécia, de 65, e com a filha Laura, de apenas sete meses.

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