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Brasília

Terceirizados paralisam serviços de limpeza em hospitais e escolas do DF

Arquivo Geral

11/07/2016 22h20

Reprodução

Cerca de 2.500 trabalhadores terceirizados na limpeza e conservação de hospitais, postos de saúde e escolas públicas do Distrito Federal paralisaram suas atividades. De acordo com o Sindiserviços-DF, eles estão sem receber desde junho.

Nos hospitais públicos de Taguatinga, Samambaia, Brazlândia, Ceilândia e o Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), a maioria dos trabalhadores estão em greve e, segundo o Sindiserviços, só normalizarão os serviços após receberem o salário atrasado desde o ultimo dia 7 de julho.

O diretor de Imprensa e Comunicação do Sindiserviços-DF, Antonio de Pádua Lemos, alegou que se os trabalhadores não receberem urgentemente seus salários, a tendência será de ampliação do movimento grevista, com a adesão de mais trabalhadores da rede hospitalar e das escolas públicas. Pádua também destaca a falta de fiscalização do Governo do Distrito Federal com seus contratados, que constantemente atrasam os vencimentos, além de não aplicarem o reajuste salarial de 10,5%, o novo valor do tíquete-alimentação de R$ 27,50 e o plano de saúde dos trabalhadores, conquistados em janeiro deste ano durante a Data-Base da Categoria.

A diretora do Sindiserviços-DF e da Central Única dos Trabalhadores – CUT Brasília, Selene Siman, denunciou condições de trabalhos dos servidores. “Em alguns hospitais e escolas públicas, os auxiliares de serviços gerais não estão sendo somente massacrados pelos constantes atrasos nos seus vencimentos e desrespeitados nos seus direitos trabalhistas. Eles também são obrigados a utilizar locais extremamente inadequados e com sérios riscos de desabamento, incêndio e humilhantes para suas alimentações diárias e higiene pessoal”, alegou.

Nota oficial

Em nota, a Secretaria de Saúde informa que desde a última semana tem dialogado com as empresas prestadoras dos serviços de vigilância e limpeza no sentido de evitar a interrupção das atividades. “Para honrar com seus compromissos foi descontingenciado R$ 11 milhões e se aguarda mais R$ 22 milhões que serão destinados ao pagamento dos valores referentes às notas de dois meses de serviço”, afirmou a pasta.

Ainda segundo a Saúde, neste momento, o serviço de limpeza permanece sendo executado com efetivo mínimo nas unidades de Brazlândia, Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Guará e no Hospital Materno Infantil de Brasília. O serviço de vigilância está normalizado em todas as unidades.

Já a Secretaria de Educação disse que os pagamentos da pasta para as empresas terceirizadas estão em dia, com contratos devidamente pagos até o mês de maio.

“É preciso esclarecer que os contratos existentes entre a Secretaria de Educação e as empresas terceirizadas preveem o pagamento das faturas em até 90 dias após a emissão das faturas. Sendo assim, no caso das faturas referentes ao mês de junho, a emissão ocorreu na primeira semana de julho”, alegou.

Ainde de acordo com a pasta, os pagamentos são referentes aos serviços contratados das empresas. O salário e demais encargos trabalhistas são de responsabilidade exclusiva dessas empresas.

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