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Brasília

Já são 36 dias de greve

Suspensão dos descontos dos salários e a devolução dos valores pode acontecer se pararem a manifestação até o final das negociações

Redação Jornal de Brasília

07/06/2019 17h31

Foto: Agência Brasília

Da Redação
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Nesta quinta-feira (6) a Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF) informou que aceitou sugestão da presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), Maria Guimarães, ao propor a suspensão dos descontos dos salários dos funcionários em greve e a devolução dos valores, com a condição de o Sindicato dos Metroviários do DF (Sindmetrô-DF) suspender a manifestação até o final das negociações.

No entanto, não houve acordo e foi designada nova reunião para a próxima segunda-feira (10), às 9h, com a presença de representantes do GDF.

A reunião, na tarde desta quinta-feira (6), para tentar chegar a uma negociação entre as partes não gerou resultados e, por isso, a greve, que já dura 36 dias, continua. Após pressão por parte da categoria, o Metrô também declarou que entrará com o dissídio de greve, ação que solicita ao tribunal julgar se o movimento está ou não cumprindo as exigências legais.

Uma nova reunião para tentar chegar a um acordo está marcada para a próxima segunda-feira (10/6), quando a categoria irá formalizar se aceita ou não a sugestão do TRT-10.  “Sugerimos que viesse o representante do GDF, juntamente com o Metrô, para que a gente tenha uma sinalização de que realmente poderemos entrar a fundo nas nossas pautas de reivindicação. Tendo esses representantes, vamos suspender a greve para a negociação. Caso não haja acordo nesse dia, deve-se entrar com o dissídio”, explica a diretora de Comunicação do Sindmetrô, Renata Campos.

Entre as reivindicações da categoria estão a manutenção do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), pagamento dos salários retroativos com o reajuste de 8,4% e formalização da jornada de seis horas dos pilotos.

“Os salários não poderiam ser descontados ainda porque não houve julgamento da ação que analisa se há ilegalidade na greve. A pergunta que faço é: por que esperaram tanto tempo para entrar com o dissídio, que é a forma de resolver a greve? A intenção então não era acabar com o movimento, mas empurrar o prazo para que o atual acordo coletivo vencesse”, reclama a diretora de Comunicação do sindicato, Renata Campos.

Renata afirma ainda que o auxílio-alimentação foi pago com atraso de três dias e, tanto os descontos quanto a retirada dos benefícios seria uma forma de “retaliar os empregados” do Metrô-DF.

Em função da greve, o Metrô funciona em horário especial. De segunda a sábado, os trens circulam das 5h30 às 23h30. Já no domingo, as estações estão abertas das 7h às 19h. Nos horários de pico, das 6h às 8h45 e das 16h45 às 19h30, 18 trens estarão circulando. Nos demais horários a frota atendendo aos usuários cai para 4 ou 5 veículos. Já no domingo, apenas 3 trens funcionam.

Com informações do Metro-DF.

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