O subsecretário de Logística em Saúde no Distrito Federal, Alexandre Lages Cavalcante, foi exonerado nesta quinta-feira (9). A decisão está no Diário Oficial do Distrito Federal. Alexandre é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ter cometido improbidade administrativa quando ainda atuava no Ministério da Saúde.
Segundo o órgão, ele foi um dos gestores responsáveis por permitir atrasos na entrega de medicamentos a pacientes da rede pública enquanto diretor substituto do Departamento de Logística do Ministério da Saúde.
O MPF afirma que a escassez de remédios causou a morte de, pelo menos, 14 pacientes.
A ação do MPF diz que, após diversas medidas judiciais, o Ministério da Saúde contratou a empresa Global Gestão em Saúde para fornecer medicamentos em falta na rede pública. Porém, gestores da pasta cometeram irregularidades no processo de contratação, como, por exemplo, pagamentos antecipados de forma irregular, e a indiferença às denúncias de que a Global não seria capaz de entregar o material necessário a tempo.
Além de Alexandre Lages Cavalcante, a Global Gestão em Saúde, o ex-ministro da Saúde Ricardo Barros e outros dois ex-gestores do ministério são citados no processo. O MPF pediu a condenação dos citados por improbidade administrativa além do ressarcimento de R$ 119 milhões.
A vaga de Alexandre será ocupada pela assessora da subsecretaria de Logística em Saúde, Mariana Mendes Rodrigues.
