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Brasília

Startups saem à frente na pandemia, revela pesquisa do Sebrae

87% dos pequenos negócios convencionais registraram queda de faturamento durante a crise, as perdas foram menos significativas entre as startups, que já nasceram inovando, com perda de 68% de receita

Redação Jornal de Brasília

29/09/2020 15h37

O mundo dos negócios virou do avesso com a pandemia, mas as empresas que têm equipe criativa e facilidade de se reinventar estão se destacando nesse período de crise, é o que mostra pesquisa realizada pelo Sebrae.

De acordo com o estudo, enquanto 87% dos pequenos negócios convencionais registraram queda de faturamento durante a crise, as perdas foram menos significativas entre as startups, que já nasceram inovando, com perda de 68% de receita. A mesma pesquisa apontou que 13% dos pequenos negócios inovadores conseguiram aumentar o faturamento apesar da crise. Se for comparado com as micro e pequenas empresas o aumento de receita foi de 4%.

Inovação está entre os objetivos da Aceleradora Cotidiano, que trabalha com a mentoria de diversas startups. Segundo André Froés, CEO da Cotidiano, apesar das dificuldades, muitas empresas conseguiram se adequar à nova realidade. “A crise acelerou a transformação digital das organizações, sejam elas pequenas empresas até as grandes empresas. Houve avanços na agenda de presença das marcas nos meios digitais, experiência do cliente, maior colaboração entre as equipes, mais parcerias ganha-ganha e aumento da consciência do que é valor para a sociedade. E a crise também acelerou uma agenda de investimentos voltada para empresas mais conscientes da geração de valor para a sociedade como um todo”, explica.

Semestralmente, a aceleradora lança um programa chamado CAMP, no qual as pessoas podem inscrever seus projetos para que, se as ideias forem boas, poderem virar startups. E no último programa (CAMP 8), realizado durante a pandemia, foi notório o número de inscrições em função das novas oportunidades decorrentes da mudança de comportamento por conta da crise. “Em uma ponta Home Office, Telemedicina, Videoconferências, Plataformas de Colaboração da outra pontas Soluções voltadas ao Bem-Estar, Conexão com propósito, e hobbies apareceram nas aplicações”, conta ele.

E foi com esse pensamento que muitas startups conseguiram crescer mesmo com a pandemia. Fróes comenta que 80% do portfólio administrado pela Cotidiano no período conseguiu estar acima da média. Mesmo animador, é necessário ter cautela para se adaptar ao novo cenário mundial. O comportamento das pessoas mudou e para isso é preciso entender as novas circunstâncias. “Todas as startups vão precisar rodar novos experimentos para atestar a satisfação com a entrega de produtos/serviços neste novo cenário. Novas validações serão necessárias. E isso é fantástico para esse tipo de empresa, projetado para aprender e se adaptar rápido”, conclui Fróes.

A capacidade de reinventar fica evidente quando 76% das startups não precisaram demitir funcionários, mostrou a pesquisa do Sebrae. Além disso, 16% tiveram oportunidade de contratar mais funcionários recentemente.

O estudo revelou também que em relação às formas de captação de recursos como investidor-anjo, capital semente, venture capital, investimento coletivo (crowdfunding), subvenções, editais são conhecidas por 42% do público. Ou seja 58% não conhecem essas formas. Contudo, a grande maioria das startups necessitam de crédito (85%) para o capital de giro (58%) e para o desenvolvimento de produto, serviço ou processo novo (55%).

A pesquisa do Sebrae foi em parceria com a Finep, e foi feita online com público de startups procurando entender dificuldades geradas pela crise Coronavírus e, principalmente as dificuldades relacionadas a crédito tão essencial para as Startups.

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