Menu
Brasília

SLU: novo contrato para tratamento de chorume

Empresa Hydros Soluções Ambientais continuará o serviço até que licitação definitiva seja concluída

Redação Jornal de Brasília

10/02/2020 16h16

Nesta segunda-feira (10) o GDF assinou um novo contrato para tratamento de chorume diário produzido no aterro sanitário de brasília. O contrato com a empresa Hydros Soluções Ambientais, assinado ano passado em caráter emergencial junto ao Serviço de Limpeza Urbana (SLU), expirou no último sábado. 

O nono acordo tem validade de seis meses ou até que a contratação regular seja concluída. Com isso o destino do chorume produzido no aterro está assegurado. 

Nos próximos dois meses um novo edital licitatório deve ser lançado pelo SLU. Mas enquanto isso não acontece a empresa deve tratar uma média de 1.100m³ de chorume por dia. 

De acordo com o diretor-adjunto do SLU, Gustavo Souto Maior, a escolha da empresa para o contrato emergencial ocorreu após uma pesquisa sobre a tecnologia mais adequada para tratamento do chorume no país.

“Infelizmente, aqui no Brasil não existe uma preocupação efetiva com essa questão. Geralmente, o chorume é jogado sem nenhum tipo de tratamento em locais de pouca ou até nenhuma fiscalização, ou ainda é tratado de forma grosseira. Nós pesquisamos algumas alternativas tecnológicas e nosso critério, à época, foi identificar uma alternativa que já estivesse em operação. Localizamos essa empresa, no Piauí, que tratava o chorume do aterro sanitário de Teresina. Visitamos as instalações e nossos engenheiros atestaram que o tratamento feito por eles era adequado e atendia aos critérios ambientais”, destacou.

A necessidade de urgência na contratação surgiu após a Caesb suspender, em maio do ano passado, o tratamento do chorume que era feito em sua estação de tratamento de esgoto. A empresa informou que o resíduo estava prejudicando as instalações, que não foram projetadas para essa finalidade.

O SLU deu início, então, a contratação emergencial de uma empresa especializada nesse processo e, enquanto isso, construiu seis lagoas para armazenamento provisório do chorume produzido no local.

Com o início da operação da empresa contratada em setembro de 2019, o chorume gerado diariamente passou a ser tratado, mas restou um passivo armazenado nas lagoas de mais de 45 mil m³.

Em janeiro deste ano, o alto volume de chuvas registrado no DF fez aumentar ainda mais o volume guardado no aterro sanitário. Desta forma, houve risco de transbordamento, que foi contido pela equipe de técnicos do SLU, com a construção de uma contenção de terra em uma das lagoas e a construção de mais quatro lagoas emergenciais para armazenamento do líquido. Não houve nenhum risco ao ribeirão Melchior, que está a cerca de 200 metros das lagoas de armazenamento.

“Vamos manter o tratamento de 1.100 m³ de chorume que é produzido diariamente no aterro nessa época. Quando começar o período de seca, essa produção cai pela metade, ficando entre 500 e 600 m³ por dia. Com essa folga, vamos dar início ao tratamento do chorume armazenado nas lagoas e a meta é que, entre agosto e setembro deste ano, a gente consiga tratar todo o passivo que existe no local”, declarou Gustavo Souto.

O diretor-adjunto destacou que essa é a primeira vez na história de Bras~chorumeília que o chorume produzido recebe tratamento adequado. Antigamente, quando os resíduos domiciliares eram levados ao antigo lixão da Estrutural, o material era descartado sem nenhum processamento.

“Do ponto de vista ambiental e sanitário, é um ganho muito grande para o Distrito Federal. Pela primeira vez a gente está realmente cuidando do poluente gerado pela disposição do lixo, que é o chorume”, disse Souto.

Fiscalização

O tratamento do chorume realizado no aterro segue um rito criterioso de acompanhamento e fiscalização. O processo é periodicamente acompanhando por técnicos do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa).

Tanto que, em dezembro do ano passado, o SLU recebeu autorização para aumentar o volume de descarga do efluente gerado no tratamento no leito do rio Melchior: dos 432 m³ autorizados inicialmente, foi ampliado para 1.296 m³ por dia, atestando a qualidade do processo de tratamento instalado.

 

Com informações da Agência Brasília. 

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado