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Brasília

SLU doa 260 toneladas de entulhos para instituições de reciclagem

Além disso, o órgão vai doar materiais reaproveitáveis para 150 catadores

Redação Jornal de Brasília

21/10/2020 19h47

Foto: Divulgação

O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) tem realizado, desde o começo do mês, ações que promovem o favoricemento da economia e da sustentabilidade. Nesse sentido, o órgão doou cerca de 260 toneladas de materiais reaproveitáveis, entre ferragens, materiais plásticos e papelão para três cooperativas de reciclagem. A atividade significa o melhoramento das operações na Unidade de Recebimento de Entulho (URE) da Estrutural. Pois, além de dar um fim ecologicamente correto aos descartes, a medida garante a fonte de renda para os catadores, que vão poder comercializar os volumes como matéria-prima.

A coleta seletiva de lixo e a rotina dos catadores foram amplamente afetadas pela pandemia de Covid-19, a exemplo de outras tantas atividades econômicas país afora. Sem renda até o retorno das atividades, há cerca de três meses, as cooperativas tiveram que se adaptar à situação e, por isso, destacam a importância da doação dos materiais feita pelo SLU.

Uma das três instituições beneficiadas é a Cooperativa de Reciclagem Ambiental, em Sobradinho, que conta com 26 catadores parceiros. “Essas doações vão impactar muito porque venda desse material é um dinheiro a mais que está entrando. Vão ajudar? E muito, principalmente para manter as finanças”, comemora o presidente da cooperativa, Gilmar Clementino da Silva, de 46 anos. “Essa ajuda veio na hora certa.”

Presidente da Cooperativa Plasferro (P Sul, Ceilândia), Mara Maria de Jesus, de 33 anos, moradora na Estrutural e começou a trabalhar como catadora de materiais no antigo Lixão da Estrutural. Hoje, à frente de 80 catadores parceiros, ela também ressalta a importância da doação dos materiais recicláveis tanto para a cooperativa quanto para as famílias dos trabalhadores.

“Ficamos muito tempo parados por causa da pandemia, mas tivemos alguns gastos. Então, essa doação vai ser de grande ajuda, porque voltamos a trabalhar sem renda nenhuma. Vai ser um grande ganho e veio na hora exata, na hora em que estávamos mais necessitados”, explica Mara.

A solidariedade e o espírito de coletividade também são os principais pontos levantados por Roque Moreira de Almeida Filho, 39 anos, presidente da Cooperativa Recicla BSB, localizada no Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA). “Essa ajuda vai nos beneficiar muito, porque os catadores que puderam voltar a trabalhar estão se desdobrando para ajudar os colegas que não puderam e estão sem renda há mais de seis meses”, explica Roque, líder de 41 catadores parceiros.

Para todos

A URE da Estrutural recebe, diariamente, dezenas de caminhões de entulho. O transporte e o despejo desse conteúdo é marcado por caçambas lotadas de rejeitos. No local, uma equipe de triagem separa os materiais recicláveis do restante, e a origem das doações para as cooperativas começa neste importante trabalho.

Não fosse a iniciativa das doações, os materiais não teriam a destinação correta, o que significaria um grande prejuízo para o meio ambiente e para o DF, como um todo. É o que explicam Allan Adjuto Chaves e Vinícius de Abreu Mendonça, analistas de Gestão de Resíduos Sólidos do SLU.

“Uma das missões do SLU, desde que se encerraram os lixões, é a questão do auxílio às cooperativas de reciclagem, pois são pessoas que dependem disso para sobreviver. E elas fazem um trabalho nobre”, salienta Allan.

“Não é adequado aterrar esse tipo de material aqui”, explica Vinícius, que também ressalta os benefícios da iniciativa.

“Vai ser bacana para a operação como um todo: vamos ter mais área e conseguir separar um material de melhor qualidade, além do ponto de vista ambiental e social.”

As informações são da Agência Brasília

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