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Brasília

Servidores do GDF aprendem linguagem de sinais

Aulas são ministradas no período matutino e vespertino. O objetivo do curso é facilitar a comunicação com a população surda do DF e melhorar o atendimento ao público

Redação Jornal de Brasília

09/09/2019 19h22

Da Redação
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Na tentativa de construir uma sociedade mais inclusiva, o Governo do Distrito Federal oferece aulas de Língua Brasileira de Sinais (Libras) para servidores interessados no assunto. Quatro turmas foram formadas em agosto e, após um mês de aulas, a missão de facilitar a comunicação com a população surda do DF e melhorar o atendimento ao público já mostra resultados positivos para os cerca de 100 estudantes que ocupam as salas de aula.

Esse é o caso da militar do Corpo de Bombeiros, Alexandra Campos, 42 anos. Após as primeiras aulas, ela sente segurança para se comunicar com pessoas portadoras de deficiência auditiva. “Quando eu trabalhava na parte de socorrista houve situações no meu ambiente de trabalho que eu só consegui me comunicar por meio do celular, digitando”, lembra.

Atualmente, a servidora atua no Colégio Militar Dom Pedro II e acredita que, além de conseguir se comunicar com a comunidade escolar, também vai proporcionar às crianças a sensação de inclusão. “Tenho certeza que elas vão se sentir acolhidas. Somos nós que temos que nos adequar a eles e não ao contrário”, comenta. 

Assim como Alessandra, o ouvidor Fábio Monteiro, 44 anos, também decidiu fazer o curso para aprimorar o atendimento ao cidadão. “Se eles não sabem escrever não conseguimos ajudá-los. Então, estou adorando saber que posso ajudar alguém que tenha essa deficiência não só no trabalho, mas como em outros lugares também”, disse.

Demanda frequente

O diretor da Escola de Governo (Egov), Alex Almeida, destaca que além de ser uma demanda da sociedade também é uma procura recorrente dos servidores. “Estamos intensificando a oferta do curso com o objetivo de capacitar, principalmente, aquele servidor que trabalha com atendimento ao público. Nosso objetivo é melhorar os serviços oferecidos para a população e incluir todos os cidadãos”, pontua.

Oferecido pela Egov, o curso para iniciantes tem duração de 60 horas. Ao todo foram ofertadas 180 vagas este ano para turmas nos períodos matutino e vespertino. A instrutora Camila Alves explica que intenção é trazer um vocabulário que os servidores possam se comunicar não só no curso, mas fora dele. 

“Há termos certos para se comunicar com os surdos, que estão em todo lugar. É preciso ter a conscientização de que é um língua, que não é algo fácil, mas que é fundamental para a qualidade do atendimento à população”, ressalta. Durante as aulas teóricas e práticas são abordados assuntos como história da educação dos surdos, terminologias utilizadas, conceitos, legislação. Ao final da capacitação, os alunos fazem provas orais e escritas.   

Com informações da Agência Brasília.

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