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Brasília

Serviços da Secretaria da Mulher poderão ser agendados por meio de aplicativo

Os serviços incluem abrigo para vítimas de violência, atendimento psicológico, orientação, acolhimento às famílias e a orientação para aquelas que buscam capacitação profissional

Catarina Lima

03/09/2020 18h42

Atualizada 04/09/2020 10h14

Ericka Filippelli. Foto: Divulgação

Na próxima semana os serviços oferecidos pela secretaria da Mulher poderão ser agendados por meio de aplicativo que estará disponível no site Agenda DF, do Governo do Distrito Federal. Estão disponíveis os serviços do Centro Especializados de Atendimento à Mulher (Ceam). A secretária da Mulher, Ericka Fillippelli, disse que a iniciativa aproximará a mulher dos serviços da Secretaria.

A despeito dos casos de violência contra a mulher, e muitas vezes contra vulneráveis, que acontecem no País, Ericka enfatizou a necessidade de realizar um trabalho conjunto com as escolas. “As crianças precisam aprender a distinguir o que é carinho do que não é”. Ela também aposta na educação como forma de empoderar as mulheres. Para isso a Secretaria criou o programa Empreende Mais Mulher, em parceria com a secretaria de Trabalho, que tem como objetivo criar oportunidades, tirar as mulheres da situação de vulnerabilidade e promover a sua autonomia econômica.

O Observatório da Mulher, portal que reúne os principais dados das mulheres do Distrito Federal, registra mensalmente indicativos relacionados à violência, saúde, desenvolvimento da mulher etc. Contrariando as expectativas, uma vez que as pessoas ficaram mais em casa no primeiro momento da pandemia do novo coronavírus, os casos de violência contra a mulher no DF caíram 8,12%, de janeiro a maio deste ano, passando de 1.416 para 1.150. A região administrativa de Ceilândia – que registrou o maior número de casos de violência tanto em 2019 quanto em 2020 – apresentou uma queda se comparados os primeiros trimestres dos dois anos. Em 2019 foram 531 casos de violência doméstica e em 2020, 453. “Isso significa que estamos no caminho certo” comemorou a secretária Ericka Filippelli. “Ainda há uma questão cultural que precisa ser mudada e isso não é fácil, mas estamos trabalhando”.

De acordo com o Observatório, existem 65,2% de mulheres desempregadas e 34,8% empregadas cadastradas no Programa Empreende Mais Mulher. A maioria das que procuraram o programa, 47,5%, têm o ensino fundamental. Com relação a escolaridade das mulheres do DF pode-se observar que existe ainda uma grande evasão escolar. Durante a pandemia os cursos do Empreende foram suspensos. Para atender as mulheres foi criado o Oportunidade Mulher, com aulas on-line. São oferecidos mais de 80 cursos, e conta com mais de três mil mulheres cadastradas.

O Observatório identificou que 72.170 meninas são matriculadas nos anos iniciais da escola na rede pública e apenas 42.086 no ensino médio.

Desigualdade de gênero no mundo

Segundo estudo realizado pela Companhia de Planejamento (Codeplan), de acordo com o Índice Global de Desigualdade de Gênero, em 2018, o hiato de gênero no mundo ainda era de 68%. Esse índice é composto por quatro dimensões: participação econômica; realização educacional; saúde e sobrevivência e empoderamento político e é anualmente calculado pelo Fórum Econômico Mundial. Em apenas 7 países, a diferença entre homens e mulheres era inferior a 20% em 2018. O progresso em busca da redução dessa disparidade é muito lento. Estima-se que, no ritmo atual, ainda são necessários 108 anos para acabar com a desigualdade de gênero. A brecha da dimensão econômica vista de forma isolada ainda precisará de 202 anos para ser solucionada.

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