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Brasília

Serial Killer: vítima mudou de cidade após tentativa de estupro

Caso aconteceu em 2011; mulher conseguiu escapar de Marinésio pelo mato

Marcus Eduardo Pereira

03/09/2019 5h55

Marinesio assasino de Leticia e genir_ foto : divulgacao /PCDF

Lucas Neiva
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Uma nova suposta vítima dos ataques do maníaco Marinésio dos Santos Olinto se revelou ontem para a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Funcionária de serviços gerais em uma padaria, A., de 39 anos, denunciou ontem pela manhã o crime sofrido para a 31ª Delegacia de Polícia, em Planaltina.

O caso ocorreu em 2011, em Sobradinho II, por volta das 8h da manhã. Na época, A. trabalhava na organização de festas e eventos, e esperava o ônibus para ir trabalhar. O motorista de uma Blazer parou para oferecer carona, e Luísa entrou. Ao invés de seguir para Planaltina, o motorista mudou a rota e começou o trajeto para uma parte deserta de Sobradinho, onde começou a apalpar suas partes íntimas.

Percebendo que o motorista estava tentando, A. disse que ele não precisava continuar o assédio. “Ele só não me matou porque eu tinha dito que ficaria com ele”, afirma. O carro seguiu até o Pólo de Cinema, no Setor de Mansões de Sobradinho, cercado de matagal. A mulher aproveitou a oportunidade para correr para dentro do mato e fugir do agressor.

Depois do ocorrido, A. ficou abalada demais para ir trabalhar e chegou a se mudar para Águas Lindas do Goiás. “Peguei o ônibus e fui para casa. Ele seguiu para Planaltina, onde morava”. O medo a impediu de fazer a denúncia à época: enquanto fugia pelo mato, o abusador desceu do carro para gritar “No dia que eu te ver, eu vou te matar. Você disse que ia ficar comigo, mas saiu correndo.”

Cinco desaparecidas

Até o momento, 14 outras vítimas foram associadas a ataques de Marinésio. Quatro foram confirmadas mortas, cinco estão desaparecidas e as demais o denunciam seja por estupros cometidos, seja por tentativas de estupro.

As vítimas de assassinato identificadas são: Letícia Curado, advogada e servidora pública desaparecida no último 23 de agosto, encontrada morta dia 26, próximo a Planaltina; Genir Pereira de Souza, funcionária de uma pizzaria, desaparecida dia 2 de junho e encontrada morta 10 dias depois entre Planaltina e Paranoá; Carolina Macêdo Santos, amiga da filha de Marinésio, tinha apenas 15 anos quando foi encontrada morta boiando no Lago Paranoá em maio do ano passado.

O caso foi desarquivado pois na época se acreditava ter sido um suicídio; Marília de Lurdes Ferreira, desaparecida ao sair do trabalho em agosto de 2012, só foi encontrada cerca de um mês depois, já morta.

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