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Brasília

Serial Killer: criminoso confessa mais um assassinato

A outra vítima seria uma funcionária de uma pizzaria que teve o corpo encontrado no dia 12 de junho

Redação Jornal de Brasília

26/08/2019 19h26

Da Redação
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Nesta segunda-feira (26), o cozinheiro desempregado Marinésio dos Santos Olinto de 41 anos, confessou ter matado mais uma mulher além de Letícia Sousa Curado. A outra vítima seria uma funcionária de uma pizzaria que teve o corpo encontrado no dia 12 de junho. Genir Pereira de Sousa de 47 anos estava desaparecida desde 2 de junho. 

Segundo a delegada-chefe da 6ª Delegacia de Polícia, Jane Klébia disse o cadáver estava em uma área de mata entre o Paranoá, onde ela trabalhava, e Planaltina, onde morava. O desaparecimento de Genir foi comunicado pela patroa dela, após a empresária, dona de uma pizzaria, estranhar as ausências da funcionária.

A PCDF ainda está apurando se Marinésio dos Santos Olinto fingiu ser motorista de transporte pirata para atrair e matar outras mulheres, além de Letícia.

Caso Letícia

Letícia desapareceu na última sexta-feira (23) após sair para trabalhar. Foi encontrada morta nesta segunda. Ela era funcionária terceirizada do Ministério da Educação (MEC)

De acordo com o delegado-chefe da 31ª DP, Fabrício Augusto Machado, não estão descartadas as suspeitas de que Marinésio tenha sido o autor de crimes semelhantes.

“Buscamos outras ocorrências cujo modus operandi se assemelha muito a esse: pessoas do sexo feminino que desapareceram após serem abordadas em paradas de ônibus. Mas ainda é tudo muito superficial”, afirmou

Para o delegado ainda existe a possibilidade de Letícia ter sido abusada sexualmente. “Na carona que deu para ela, Marinésio parou o carro na DF-130 e teria perguntado se havia a possibilidade de os dois terem uma relação sexual, dando início a uma discussão. Ela começou a gritar e, naquele momento, segundo o relato dele, ele a teria esganado.”

Marinésio foi preso no domingo (25), e de acordo com policiais, o suspeito levou os investigadores ao local do crime. O cadáver estaria dentro de uma manilha perto da fábrica de sementes Pioneer, na DF-250.

Na manhã de sábado (24), uma vizinha relatou que teria visto a advogada entrando em um veículo, que seria um Gol de cor branca.

A polícia foi atrás da informação, mas não achou o carro citado pela testemunha. Os investigadores passaram a ver novamente as imagens de segurança do comércio local da região para identificar atitudes suspeitas. Constataram que um veículo de cor prata fez uma parada no ponto de ônibus em que Letícia estava. O automóvel passou no local uma vez, depois retornou.

Ao abordar o suspeito em via pública, os policiais encontraram, no porta-luvas do carro, uma bolsa, com fichário e material escolar, além de um relógio, objetos pessoais de Letícia. O celular da advogada estava atrás do banco do veículo. O cozinheiro desempregado afirmou, a princípio, que os itens encontrados foram comprados por ele.

No dia do desaparecimento de Letícia, Marinésio disse que foi levar a filha ao colégio. Depois, seguiu para a casa da irmã, por volta das 9h50. Não conseguiu explicar, porém, o que fez entre o momento em que Letícia sumiu e esse horário. Com indícios fortes de crime, a polícia conseguiu a prisão temporária do suspeito. 

Na tarde desta segunda-feira (26), o presidente da Subseção de Planaltina da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), Dalton Ribeiro Neves, lamentou a morte da advogada e disse que a entidade pretende atuar como assistente de acusação no julgamento do caso.

“Quando soubemos do desaparecimento, mobilizamos todos os grupos de advogados do Distrito Federal e decidimos acompanhar de perto as investigações do caso. Viemos aqui para conversar com o delegado Fabrício e nos solidarizar com a família da Letícia. Infelizmente, o desfecho foi este, mas estaremos à disposição dos familiares para o que for preciso”, ressaltou.

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