Cerca de 300 docentes e gestores de escolas públicas do Distrito Federal (DF) estiveram na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), na noite dessa segunda-feira (17), para um encontro com o deputado Distrital Fábio Félix. Na ocasião, responsáveis pelos projetos contemplados na área de educação do edital Realize tiveram a possibilidade de tirar dúvidas sobre orçamento público e trâmite das emendas que serão destinadas para os projetos educacionais.
A iniciativa do deputado faz pare do compromisso estabelecido de democratizar o acesso às emendas parlamentares, seguindo edital lançado em outubro de 2019 pelo gabinete. A seleção de projetos na área de educação chegou a receber aproximadamente 200 inscritos e contemplou 129 iniciativas de diversas escolas públicas do Distrito Federal (DF). Os projetos contemplados serão executados entre 2020 e 2021.
“Queremos uma educação pública que discuta gênero, diversidade, racismo, orientação sexual, sustentabilidade. A escola tem que ser um espaço de formação para a cidadania, orientada por experiências educacionais inovadoras e construção de projetos que transformem a sociedade”, declarou Fábio Felix. Gabriel Elias, coordenador da Comissão de Direitos Humanos da CLDF, falou da importância de um processo educacional emancipador. “É fundamental investir na liberdade de pensamento e de pesquisa, só assim a educação se torna capaz, de fato, de mudar as coisas”.
Casos de sucesso
Alguns projetos que já receberam apoio do Distrital foram convidados para apresentar as experiências. Foi o caso do professor Alex Aragão, responsável pelo Clube de Ciências do Centro de Ensino Médio 02 do Gama. A partir do projeto, estudantes descobriram técnica que transforma a casca da laranja em película similar ao plástico. Como reconhecimento, a iniciativa foi selecionada para competição científica na Malásia, em outubro deste ano. A pesquisa durou quase um ano para ser viabilizada. “O incentivo à pesquisa tem sido transformador na escola. Não para de crescer o número de frentes de estudo em diversas áreas como robótica, agricultura, química”, relatou o professor.